Como é convencional nesta altura faz-se um balanço do ano que termina e apesar de andar um pouco afastado do blog quem sou eu para quebrar a tradição.
Este foi um ano atípico no que à quantidade se refere, li "apenas" 27 livros o que é cerca de um quinto em relação a 2012 e um sexto em relação a 2013! Uma diferença abismal que se explica por este ano ter tido maiores períodos em que não me "puxava" para ler e claro tive outras "distracções" que me ocuparam muito tempo, como ter traduzido um capitulo, Mercy, do futuro livro do George R. R. Martin, The Winds of Winter, mas falemos do que li.
O ano começou com Ficção Científica na forma da trilogia de John C. Wright constituída por A Idade do Ouro, A Fénix Exultante e A Grande Transcendência. Eram os últimos livros que me faltavam ler da já defunta colecção Viajante do Tempo da Presença. A razão que levou a que só agora lesse estes livros, que já os tinha desde que tinham saído, é simplesmente porque só agora achei que tinha "capacidade" e "bagagem" para os entender, quando o tentei ler a primeira vez desisti ao fim de poucas paginas, e estava certo porque (agora) adorei lê-los. É caso para dizer que quem espera sempre alcança.
O ano de 2014 foi mais um em que Manuel Alves esteve presente nas minhas leituras, neste caso com Terra Fria, uma historia passada no tempo do Estado Novo e que, claro, mais uma vez agradou. O livro foi "alvo" de uma leitura conjunta e como consequência muitos colegas bloggers deram as suas opiniões, achei por bem deixar a minha para mais tarde e claro que o tempo foi passando e até agora nada... Eu sei e vou já flagelar-me. Mas não foi a única leitura porque o Manuel elevou-me a leitor beta e tive oportunidade de ler o rascunho do seu próximo livro, que até já ia está: Wulfric - A Cativa. Foi uma experiência agradável poder, mais uma vez, depois de A Imagem do Joel G. Gomes embora em moldes diferentes, ajudar na construção de um livro. Quem disse que escrever um livro é um acto solitário? Espero poder voltar a ajudar.
Este foi também um ano bastante brasileiro com duas revista: a Somnium e a Trasgo. Além da qualidade de ambas a publicações é bom reparar que quer cá, quer lá existem muitos problemas comuns, afinal não estamos sós.
E agora um dos momentos altos destas coisas: o melhor livro do ano. Geralmente não sou muito de eleger um, mas este ano apesar de ter li grandes livros, que adorei, como irão já ver, houve um que se destacou, mas já lá vou. Este ano percebi porque todos falam do Afonso Cruz depois de ter lido Os Livros que devoraram o meu Pai, passeie num mundo onde 2% da Humanidade desapareceu de um momento para o outro em O Mundo depois do Fim de Tom Perrotta, regressei a Lisboa no Ano 2000 a antologia organizada e com textos do grande João Barreiros, fui levado a'Os Extremos por Christopher Priest e li um Livro sem Ninguém desse grande alguém que é o Pedro Guilherme-Moreira, li o grande clássico que é A Guerra Eterna de Joe Haldeman, uma magnifica história que apesar da idade que já leva continua cada vez mais actual e estive "encalhado" em Marte com Mark Watney no magnífico The Martian de Andy Weir, um livro cheio de humor e que foi uma delicia ler, mas o livro, ou devo dizer livros foi a trilogia The Last Policeman de Ben H. Winters e agradeço ao "tio" Barreiros a chamada de atenção. Constituido por The Last Policeman, Countdown City e World of Trouble foi uma angustiante leitura pelo realismo de uma situação tão irreal quanto possivel. Este livro foi tão marcante que decidi traduzi-lo para a nossa língua, vai ser uma trabalheira e não sei até onde irei chegar e nem sei se alguma editora alguma vez o quererá publicar, mas que se lixe.
O único livro que posso dizer que me desiludiu foi Um Pinguim na Garagem de Luís Caminha, mas isso já sabiam pela minha opinião. Esta eu dei!!!
Dos novos autores que descobri em 2014 não podia deixar de assinar mais um nome Português: Carina Portugal. Foi um prazer ler os seus textos e felizmente ela continua a escrever e 2015 irá trazer ainda mais leituras da sua obra.
No que à Banda Desenhada diz respeito foi mais um bom ano e preenchido. Muita BD da Marvel com um projecto que começo e terminou este ano da Panini Espanha e que deixou muitos leitores destroçados. As edições conjuntas da Levoir e do Público com as edições da DC ainda a transitarem para este ano e a meio do ano chegou mais uma colecção dedicada à Marvel. A chegada a terras lusas da BD dos Simpsons e do Brasil as aventuras do Juiz Dredd e companhia na revista Juiz Dredd Megazine (o equivalente à original 2000AD). O final do ano assistiu à chegada de anestésico XIII, com a edição conjunta Asa e Público desse clássico da BD Franco-Belga e que se irá estender a 2015, enfim um excelente ano.
No campo dos acontecimentos este ano foi bastante preenchido, em Janeiro iniciei a colaboração com o blog Leituras do Fiacha - O Corvo Negro do meu bom amigo Fiacha que se traduziu em alguns textos conjuntos com o texto Corvos para o Corvo (este texto foi exclusivo do blog do Fiacha) e se tem vindo a prolongar com textos partilhados entre os dois blog's, como o conjunto de textos Ficção Científica - Uma (possível) Iniciação. A já falada tradução do capitulo Mercy e que me leva a algo que com muita vergonha minha ainda não falei aqui: a revista O Cantinho do Fiacha onde publiquei esta tradução no número três, Novembro, e onde também já tenho um texto na edição de Dezembro sobre Ursula K. Le Guin e em Janeiro poderão encontrar mais um, mas sobre isso falarei depois com mais tempo.
A todos os que vêem aqui ler o que escrevo desejo um bom ano de 2015.
Até para o ano
O ano começou com Ficção Científica na forma da trilogia de John C. Wright constituída por A Idade do Ouro, A Fénix Exultante e A Grande Transcendência. Eram os últimos livros que me faltavam ler da já defunta colecção Viajante do Tempo da Presença. A razão que levou a que só agora lesse estes livros, que já os tinha desde que tinham saído, é simplesmente porque só agora achei que tinha "capacidade" e "bagagem" para os entender, quando o tentei ler a primeira vez desisti ao fim de poucas paginas, e estava certo porque (agora) adorei lê-los. É caso para dizer que quem espera sempre alcança.
O ano de 2014 foi mais um em que Manuel Alves esteve presente nas minhas leituras, neste caso com Terra Fria, uma historia passada no tempo do Estado Novo e que, claro, mais uma vez agradou. O livro foi "alvo" de uma leitura conjunta e como consequência muitos colegas bloggers deram as suas opiniões, achei por bem deixar a minha para mais tarde e claro que o tempo foi passando e até agora nada... Eu sei e vou já flagelar-me. Mas não foi a única leitura porque o Manuel elevou-me a leitor beta e tive oportunidade de ler o rascunho do seu próximo livro, que até já ia está: Wulfric - A Cativa. Foi uma experiência agradável poder, mais uma vez, depois de A Imagem do Joel G. Gomes embora em moldes diferentes, ajudar na construção de um livro. Quem disse que escrever um livro é um acto solitário? Espero poder voltar a ajudar.
Este foi também um ano bastante brasileiro com duas revista: a Somnium e a Trasgo. Além da qualidade de ambas a publicações é bom reparar que quer cá, quer lá existem muitos problemas comuns, afinal não estamos sós.
E agora um dos momentos altos destas coisas: o melhor livro do ano. Geralmente não sou muito de eleger um, mas este ano apesar de ter li grandes livros, que adorei, como irão já ver, houve um que se destacou, mas já lá vou. Este ano percebi porque todos falam do Afonso Cruz depois de ter lido Os Livros que devoraram o meu Pai, passeie num mundo onde 2% da Humanidade desapareceu de um momento para o outro em O Mundo depois do Fim de Tom Perrotta, regressei a Lisboa no Ano 2000 a antologia organizada e com textos do grande João Barreiros, fui levado a'Os Extremos por Christopher Priest e li um Livro sem Ninguém desse grande alguém que é o Pedro Guilherme-Moreira, li o grande clássico que é A Guerra Eterna de Joe Haldeman, uma magnifica história que apesar da idade que já leva continua cada vez mais actual e estive "encalhado" em Marte com Mark Watney no magnífico The Martian de Andy Weir, um livro cheio de humor e que foi uma delicia ler, mas o livro, ou devo dizer livros foi a trilogia The Last Policeman de Ben H. Winters e agradeço ao "tio" Barreiros a chamada de atenção. Constituido por The Last Policeman, Countdown City e World of Trouble foi uma angustiante leitura pelo realismo de uma situação tão irreal quanto possivel. Este livro foi tão marcante que decidi traduzi-lo para a nossa língua, vai ser uma trabalheira e não sei até onde irei chegar e nem sei se alguma editora alguma vez o quererá publicar, mas que se lixe.
O único livro que posso dizer que me desiludiu foi Um Pinguim na Garagem de Luís Caminha, mas isso já sabiam pela minha opinião. Esta eu dei!!!
Dos novos autores que descobri em 2014 não podia deixar de assinar mais um nome Português: Carina Portugal. Foi um prazer ler os seus textos e felizmente ela continua a escrever e 2015 irá trazer ainda mais leituras da sua obra.
No que à Banda Desenhada diz respeito foi mais um bom ano e preenchido. Muita BD da Marvel com um projecto que começo e terminou este ano da Panini Espanha e que deixou muitos leitores destroçados. As edições conjuntas da Levoir e do Público com as edições da DC ainda a transitarem para este ano e a meio do ano chegou mais uma colecção dedicada à Marvel. A chegada a terras lusas da BD dos Simpsons e do Brasil as aventuras do Juiz Dredd e companhia na revista Juiz Dredd Megazine (o equivalente à original 2000AD). O final do ano assistiu à chegada de anestésico XIII, com a edição conjunta Asa e Público desse clássico da BD Franco-Belga e que se irá estender a 2015, enfim um excelente ano.
No campo dos acontecimentos este ano foi bastante preenchido, em Janeiro iniciei a colaboração com o blog Leituras do Fiacha - O Corvo Negro do meu bom amigo Fiacha que se traduziu em alguns textos conjuntos com o texto Corvos para o Corvo (este texto foi exclusivo do blog do Fiacha) e se tem vindo a prolongar com textos partilhados entre os dois blog's, como o conjunto de textos Ficção Científica - Uma (possível) Iniciação. A já falada tradução do capitulo Mercy e que me leva a algo que com muita vergonha minha ainda não falei aqui: a revista O Cantinho do Fiacha onde publiquei esta tradução no número três, Novembro, e onde também já tenho um texto na edição de Dezembro sobre Ursula K. Le Guin e em Janeiro poderão encontrar mais um, mas sobre isso falarei depois com mais tempo.
A todos os que vêem aqui ler o que escrevo desejo um bom ano de 2015.
Até para o ano
Marco,
ResponderEliminarPodem ser poucas leituras, mas se forem boas, é o que mais interessa!
Muito me honra a menção ao meu trabalho. Espero que continues a acompanhar o gatafunhos que saem da minha caneta, é sempre óptimo ter um leitor como tu.
Bem, desejo-te um Bom Ano Novo, cheio de boas leituras (etc, etc, etc...).
Um abraço :D
Olá Carina
EliminarRealmente poucas mas boas, quanto à menção acho que é ao contrario, muito me honra a mim ler esses "gatafunhos" que saem da tua caneta.
Um bom ano e coiso e tal :D
Um abraço
Olá Marco!
ResponderEliminarGostei muito do teu post. Não é preciso ler muito para ser um "bom ano literário", o que interessa é ler com qualidade: o tempo adequado, os livros bons.
Um Bom Ano 2015 para ti e todos os teus =)
Beijinho
Olá Rita
EliminarOra nem mais ;)
Mas o tempo não volta para trás e fica o sabor amargo do tempo perdido...
Um excelente 2015 também para ti e para os teus
Um abraço
Olá Marco
ResponderEliminarPodes ter "lido pouco" no entanto houve muita actividade do Sr. Luvas, pelo que se vê neste post.
E mais uma vez são nomes que escrevo nesta imensa lista de livros a ler e a procurar, os teus conselhos são sempre bons e tornam-se uma fonte de pesquisa.
Espero que 2015 seja um ano cheio de tudo aquilo que se costuma desejar nestas alturas e também cheio de leituras, de partilhas e de crescimento literário.
Acho óptima essa tua ideia de traduzires e espero mesmo que alguma editora tenha também esta opinião,
bom ano para ti e familia :)
beijinhos
Olá São
EliminarRealmente até foi um ano "agitado" n'O Senhor Luvas em parte por causa do amigo Fiacha e da nossa colaboração com o seu blog.
Quanto ao livros que li e que te interessam se houver alguma coisa em que poder ajudar é só dizer ;)
Espero que esta ideia de traduzir corra bem e também que alguma editora queira publicar o livro, seja com uma tradução minha ou de outro.
Um abraço e um bom ano para ti e para os teus
Ois Marco,
ResponderEliminarNão fosse eu a puxar por ti e ainda estavas pior ehehe, mas o importante é que tiveste um ano de poucas mas boas leituras.
Quanto ao teres iniciado a colaboração no meu blog, só posso agradecer o excelente trabalho realizado, espero contar com a tua colaboração por mais uns anitos :D
Tenhas um excelente ano e claro que atinjas os teus objetivos, conta com a presença do corvo no teu blog ;)
Abraço
Olá Corvo
EliminarRealmente és um melga, mas ainda bem ;) por tua causa faço muito mais e podes espera mais textos em 2015 para o teu blog e claro para a revista do Cantinho do Fiacha :)
Também espero atingir todos os objectivos em 2015
Um abraço