terça-feira, 1 de junho de 2021

Dia Mundial da Criança - Uma futura Escritora?

 



Os Franceses comem sapos

Era uma vez um franceses que comeu um sapo, depois outro franceses comeu outro sapo. E assim os sapos morreram.


Hoje é o dia mundial da criança e parece-me ser um bom momento para revelar a surpresa que a minha sobrinha me fez em meados do mês passado. O pai pediu-lhe para escrever uma história para mim e ela do alto dos seus sete anos e ainda aprender a ler e a escrever (só está na primeira classe) escreveu-me o que podem ler acima, e sim eu sei que tem erros, mas parece-me que já tem imaginação e vontade de escrever. Agora é continuar a incentiva-la e quem sabe se no futuro não terei uma escritora na família.

 

domingo, 30 de maio de 2021

30 Dias 30 Contos a ler em Português - Dia 30

 



Nunca escondi o quanto aprecio o que o Manuel Alves escreve, infelizmente ele deixou a escrita de lado, porque a vida assim o ditou e tem se dedicado à arte de desenhar, mais amiga para a carteira do autor. É sempre uma pena que uma talentoso autor como ele se perca por questões destas e que o mercado literário não os consiga resgatar. Desejo as maiores felicidades ao Manuel, seja a escrever, a desenhar ou a fazer outra coisa que ele goste e lhe de meios para viver condignamente. 

Em relação à sua obra e num acto de auto elogio destaco o seu conto Equador Morto (opinião) e que pode ser descarregado no site Smashwords no link: Equador Morto de Manuel Alves

Espero que o Manuel regresse à escrita e aos seus muitos leitores que ansiam por mais contos e "calhamaços" seus.

sábado, 29 de maio de 2021

30 Dias 30 Contos a ler em Português - Dia 29




Ana Ferreira ou Adeselna Ferreira tem participado em diversas antologias e projectos de contos e é nesse contexto que trago hoje este conto: Máquinas Infernais Vindas do Céu que podem encontrar gratuitamente no Smashwords ou no Fantasy & Co.
 

sexta-feira, 28 de maio de 2021

30 Dias 30 Contos a ler em Português - Dia 28

 



Com um romance acabado de lançar (Amor à Primeira Assinatura) Leonor Ferrão começou a publicar em antologias e projetos de contos como o Fantasy & Co. onde foi publicado este "O Meu Humano".

Podem descarregar este e outros contos gratuitamente na página da Fantasy & Co. ou no Smashwords no link: O Meu Humano de Leonor Ferrão.

quinta-feira, 27 de maio de 2021

30 Dias 30 Contos a ler em Português - Dia 27


 

O Vitor Frazão tem já um conjunto grande de contos publicados em diversas plataformas (Smashwords ou Fantasy & Co), em algumas antologias como a Proxy da Divergência com "Deuses como Nós" (opinião) e pelo menos um livros publicado pela Chiado. Mas hoje destaco o seu contributo para o projecto Comandante Serralves da Imaginauta com o conto "Sinais" que podem encontrar gratuitamente no link: Sinais (Comandante Serralves) de Vitor Frazão.

quarta-feira, 26 de maio de 2021

30 Dias 30 Contos a ler em Português - Dia 26

 



A Ana Luiz, apesar de não ter uma carreira particularmente longa, já tem acumulado alguns prémios e menções honrosas, como é o caso do conto que destaco hoje: "Ashram" e que podem descarregar gratuitamente da página da autora no Smashwords no link: Ashram de Ana Luiz

terça-feira, 25 de maio de 2021

30 Dias 30 Contos a ler em Português - Dia 25

 



Anton Stark é o pseudónimo de um português que entre outras coisas é tradutor e (aprendiz de) editor, mas é como escritor que o trago hoje aqui (obviamente) e embora ele escreva muito em inglês também tem alguns trabalhos em português. Entre esses escritos está o conto de Ficção Científica "As Cordas de Itz'mucan" que podem descarregar na sua página no Smaswords

segunda-feira, 24 de maio de 2021

30 Dias 30 Contos a ler em Português - Dia 24

 



A Carina Rosa já tem alguns livros publicados e claro contos (que podem encontrar gratuitamente na sua página no Smaswords). Tem também uma participação na antologia "Os Monstros que nos Habitam" da Divergência é essa mesma participação que eu destaco com o conto "Páginas Assassinas" (opinião) e que vale bem a pena.

domingo, 23 de maio de 2021

30 Dias 30 Contos a ler em Português - Dia 23


 

O Rui Bastos é mais um dos nomes que tem feito as minhas delicias enquanto leitor de cada vez que tenho o prazer de ler os seus escritos  e espero poder a contar  com as suas obras por muitos e bons anos. Assim é com prazer que trago à vossas atenção o conto incluído na antologia "Nos Limites do Infinito" da Divergência: "A Colina que Olha para Ti" (opinião). 

sábado, 22 de maio de 2021

30 Dias 30 Contos a ler em Português - Dia 22

 



A Alexandra Torres é uma autora que já tem dois livros de poesia e uma saga de fantasia com dois livros publicados, portanto não é uma novata nestas andanças. No que a contos diz respeito tem um publicado na antologia  "Os Monstros que nos habitam" (opinião) pela Divergência. E é esse mesmo conto que destaco hoje, no dia do autor português.  

sexta-feira, 21 de maio de 2021

30 Dias 30 Contos a ler em Português - Dia 21

 



O Mário Seabra ou Mário de Seabra Coelho (ele tem mesmo que se decidir qual a nome de artista que quer) é um autor que apesar de escrever umas coisitas em português está a tomar o gosto à fama com a sua ficção em inglês tendo já publicado, por exemplo, na revista Strange Horizons. Das tais coisitas que ele vai escrevendo destaco este " Bastet" (opinião) publicado na antologia Proxy da editorial Divergência.

quinta-feira, 20 de maio de 2021

30 Dias 30 Contos a ler em Português - Dia 20

 



Júlia Durand não será por cá o nome mais comum por cá e isso faz com que me pergunte se a Júlia Durand que "descobri" no site Wook com dois livros publicados são a mesma. Quanto aos outros livros não posso dizer nada, mas quanto ao conto que trago hoje posso dizer que vale bem a pena. 

Modulação Ascendente de Júlia Durand (opinião) é um conto que pode ser encontrado na antologia Proxy da Editorial Divergência.

quarta-feira, 19 de maio de 2021

30 Dias 30 Contos a ler em Português - Dia 19

 



O Carlos Silva é um autor prolífero, como podem ver pelas lista de contos publicados na página da Fantasy & Co, na sua página no Smaswords e em muitas antologias de varias editoras e claro foi o vencedor do primeiro prémio Divergência com o livro "Anjos". 

É também um dos cofundadores da Imaginauta, uma editora que atraiu a atenção pelo projecto Comandante Serralves, uma space opera escrita a várias mãos. E é esse mesmo universo que vos trago hoje com o conto "Métodos de Evasão" que eu espero que seja a vossa porta de entrada para este universo totalmente português. Podem encontrar este conto (e outros) no Smaswords no seguinte link: Métodos de evasão (Comandante Serralves) de Carlos Silva.

terça-feira, 18 de maio de 2021

30 Dias 30 Contos a ler em Português - Dia 18

 



Marta Silva tanto quanto sei tem apenas um conto publicado, mas como escrevi quando li mesmo na antologia "Proxy" da Editorial Divergência foi "uma estreia (muito) auspiciosa". Portanto façam um favor a vocês mesmos e vão comprar esta antologia e descubram esta autora e quem sabe se em breve termos mais boas histórias dela.

segunda-feira, 17 de maio de 2021

30 Dias 30 Contos a ler em Português - Dia 17



O Pedro G. P. Martins é mais um autor que ao longo do tempo tem participado em algumas antologias e mesmo na revista Bang (edição n. 16), mas também já publicou a solo algumas "coisitas" como este "Anima Lusa" um conto de FC passado cá no nosso cantinho à beira mar plantado. Podem encontrar este conto no Smaswords no link:

domingo, 16 de maio de 2021

30 Dias 30 Contos a ler em Português - Dia 16

 



A Liliana Novais já teve a sua estreia aqui no blog há algum tempo com o conto "O Fim da Era da Razão" (opinião), mas hoje trago um conto muito diferente: uma fabula baseada na obra a La Fontaine: A Raposa e o Corvo. A Liliana pega na história original acrescenta-lhe mais algumas camadas dando mais contexto ao original.

Podem descarregar o conto de modo gratuito de dois lugares: 

"A Raposa e o Corvo" de Liliana Novais (Smaswords)

"A Raposa e o Corvo" de Liliana Novais (Fantasy & Co.)

sábado, 15 de maio de 2021

30 Dias 30 Contos a ler em Português - Dia 15

 



O Luís Filipe Silva é um dos nomes grandes da Ficção Científica Portuguesa. A sua entrada deu-se pela porta grande com o livro que venceu o prémio Caminho FC em 1991 com "O Futuro à Janela", um livro de contos. Se com o João Barreiros temos um humor negro e caustico, um vida sem esperança com o Luís temos um futuro de esperança, um futuro onde vale a pena viver e pelo qual vale a pena lutar e ansiar. De entre os contos destaco um que por razões que a razão desconhece ficou comigo: "Também há Natal em Ganímedes". 

Podem (e devem) descarregar este livro de modo gratuito de dois lugares: do site do próprio site do Luís Filipe Silva em PDF ou do Projecto Adamastor em epub ou mobi, os links em baixo:


O Futuro à Janela de Luís Filipe Silva (PDF)

O Futuro à Janela de Luís Filipe Silva (epub)

O Futuro à Janela de Luís Filipe Silva (mobi)

sexta-feira, 14 de maio de 2021

30 Dias 30 Contos a ler em Português - Dia 14



AMP Rodriguez é o pseudónimo da cientista Ana da Silveira Moura. Sob este pseudónimo tem participado em várias antologias, mas também organizado e criado interessantes conceitos, como é exemplo a antologia Winepunk (editorial Divergência). Mas o conto que vos trago hoje é da antologia "Lisboa no Ano 2000" onde participou com o conto "Dedos" que eu gostei bastante (opinião).

quinta-feira, 13 de maio de 2021

30 Dias 30 Contos a ler em Português - Dia 13

 



O Pedro Cipriano é um velho conhecido deste blog e um autor que venho a acompanhar há muito tempo. Umas das coisas interessantes que raramente fazemos é analisar a evolução que um autor tem ao longo do tempo. Por isso a minha proposta para hoje envolver fazer isso mesmo: descobrir a evolução do Pedro como autor ao longo do tempo começando neste "A Era Dourada". Eu sei que estou (novamente) a "dobrar" as regras, mas fica já como leitura futura a obra do Pedro. É só seguir os links para ir lendo os contos dele até chegar a obras mais longas como "As Nuvens de Hamburgo". Podem encontrar os contos do Pedro de modo gratuito no Smashwords ou no índice de contos do Fantasy & Co e depois perseguir o Pedro para as suas outras obras.


A Era Dourada de Pedro Cipriano no Smashwords

quarta-feira, 12 de maio de 2021

30 Dias 30 Contos a ler em Português - Dia 12

 



A Diana Pinguicha é um nome que está a dar que falar, mas no estrangeiro com a sua obra "A Curse of Roses". Uma obra de Fantasia Histórica que reconta o milagre das rosas com mouras encantadas. Por cá a Diana tem participado em algumas antologias, mas contos gratuitos dela não encontrei (a girls has to eat ou no caso da Diana dar de comer dois gatos e um dragão). Por esta razão ao dia decimo segundo dia vou ter de vos mandar comprar um livro (o horror) para lerem um conto aqui apresentado. O livro é "Steampunk Internacional" (Editorial Divergência) onde a Diana participou com o conto "Coração de Pedra". 

terça-feira, 11 de maio de 2021

30 Dias 30 Contos a ler em Português - Dia 11

 



Já sigo e leio as histórias do Joel G. Gomes há algum tempo. Para além de escrever em nome próprio ainda escrever sobe pseudónimos (Ricardo L. Neves e João Dias Martins). Além de contos tem feito algo interessante que é escrever séries literárias que partilham um universo literário maior, onde o Fantástico e o Horror são os géneros dominantes.

Como este é um autor invulgar irei "dobrar" um pouco as regras e dar a conhecer um conto de cada um desta trindade com os respectivos links para descarregarem os contos gratuitamente no Smaswords.

Do Joel G Gomes: À Hóme! (opinião)

Do João Dias Martins: Querido, estás morto

Do Ricardo L. Neves: Quem tudo vê


Por fim fica o conselho para darem um salto à página do Joel G. Gomes e descobrir mais sobre ele e a sua obras a "seis mãos".





segunda-feira, 10 de maio de 2021

30 Dias 30 Contos a ler em Português - Dia 10


 


Sara Farinha é uma autora que já tem mais de duas dezenas de obras publicadas e mais uma prova que não faltam autores de Ficção Científica e Fantasia a escrever e a publicar. Entre essas obras estão quase vinte contos no projecto Fantasy & Co (índice de contos). E claro tem um conto publicado no Smaswords que é este "Dragões de Simir".

Podem descarregar gratuitamente o conto neste link: "Dragões de Simir" de Sara Farinha

domingo, 9 de maio de 2021

30 Dias 30 Contos a ler em Português - Dia 9

 



João Ventura é nosso mestre do conto. Se existe um autor português digno desse titulo esse alguém é ele. A sua obra encontra-se espalhada não só por essa internet fora, mas também em diversas antologias publicadas nas mais variadas editoras. Recentemente a Divergência teve a coragem de reuniu os seus contos numa coletânea intitulada: "Tudo isto Existe" (se ainda não a tem ou leram é só seguir o link).

Para saberem o que anda o João Ventura a escrever e serem agraciados pela pela genialidade da sua escrita podem e devem visitar o seu blog: Das Palavras o Espaço.

E como sempre podem podem vislumbrar grátis no E-nigma o conto: "Tudo isto Existe de João Ventura (aqui em PDF).

sábado, 8 de maio de 2021

30 Dias 30 Contos a ler em Português - Dia 8



A Inês Montenegro, além de ser a "culpada" do evento 30 Dias 30 Contos a ler em Português, é também uma prolífica autora e podem consultar no seu blog, Book Tales, a sua bibliografia. Os contos disponíveis tem vindo a diminuir a pedido da autora pois esta está a preparar o seu futuro, mas ainda é possível encontrar alguns de modo gratuito, como no índice de contos do site Fantasy  Co. Tentado, na medido do possível, disponibilizar contos grátis dos autores desta vez destaco o conto "Rosto de Mulher" que podem encontrar no link acima ou no site do Smashwords em: "Rosto de Mulher" de Inês Montenegro.

sexta-feira, 7 de maio de 2021

30 Dias 30 Contos a ler em Português - Dia 7

 



Telmo Marçal é o pseudónimo de um talentoso autor que se esconde nas sombras. A coletânea "As Atribulações de Jacques Bonhomme" reúne um conjunto de contos seus que se encontravam espalhados por diversas publicações ou ainda inéditos. É uma coletânea de Ficção Científica bastante boa e para quem gosta do estilo do João Barreiros vais encontrar aqui um "sucessor" digno desse estilo, mas sem que isso signifique que seja um cópia, muito pelo contrario. Como tem sido apanágio deste desafio destaco o conto "Reconversão de Excedentes" (embora pudesse ter facilmente escolhido qualquer outro). Para poderem saborear este conto é só agradecer ao Luís Filipe Silva pois podem encontra-lo no seu site/blog : Tecnofantasia totalmente grátis no link: "Reconversão de Excedentes" de Telmo Marçal.


E já que lá vão podem encontrar outras pérolas na secção de Ficção, não tem agradecer.


Quanto ao livro do Telmo Marçal é mais uma pedra preciosa que podem encontrar pela irrisória quantia de €3.50 nas livrarias por isso toca a aproveitar.

quinta-feira, 6 de maio de 2021

30 Dias 30 Contos a ler em Português - Dia 6

 



A Ana C. Nunes é uma autora que já acumula uma obra "jeitosa" como podem ver na bibliografia do seu site/blog. Além dos contos publicados por "conta própria" tem já algumas participaçoes em diversas antologias. Hoje destaco "A Última Ceia" um conto de Terror Natalício para quem gosta de misturar um pouco as coisas.

Podem encontrar este conto gratuitamente no Smashword da Ana C. Nunes em: A Última Ceia

quarta-feira, 5 de maio de 2021

30 Dias 30 Contos a ler em Português - Dia 5

 



No dia Mundial da Língua Portuguesa não podia escolher outro autor que não o João Barreiros. É uma voz única no panorama da Literatura Portuguesa e em específico da Ficção Científica. As suas narrativas são duras, sarcásticas, irónicas, pontos no espaço-tempo onde a esperança de algo melhor ou redenção não existe e mesmo o desespero é inútil. O conto que trago hoje é "Se Acordar antes de Morrer" que por alguma razão ficou comigo até hoje e tenho a certeza que me acompanhará até ao fim ou até ao momento em que alguma demência me limpe o "disco rígido". Podem encontrar esta história na coletânea com o mesmo nome pelo preço ridículo de €3,50 o que é um pequeno preço por tão grande livro, seja pelo seu tamanho físico (mais de quinhentas páginas), seja no seu conteúdo absolutamente delicioso para leitores com bom gosto.

Se quiserem primeiro molhar o proverbial pé nos mundos insanos do "Tio" Barreiros podem descarregar totalmente grátis alguns contos seus na sua página no site do Smashwords

terça-feira, 4 de maio de 2021

30 Dias 30 Contos a ler em Português - Dia 4

 



A Olinda P. Gil é mais um nome que já teve palco aqui no blog com o seu conto "Vila de Cobres". Já nessa minha opinião fazia menção ao conto que hoje trago à ribalta "Na Estrada de Mértola". Um conto de terror com laivos de sobrenatural que me encheu as medidas de leitor. 

Podem encontrar estes e outros contos na página de Smaswords da Olinda P. Gil. Se gostarem podem procurar as mais recentes aventuras literárias da Olinda em papel na livrarias. 

segunda-feira, 3 de maio de 2021

30 Dias 30 Contos a ler em Português - Dia 3


 

Deveria ter falado do Renato Carreira há muito tempo, mas mais vale tarde do que nunca e esta parece-me um boa oportunidade. A obra do Renato Carreira abrange duas obras de maior folgo editadas pela Saída de Emergência ("História de Portugal - Director's Cut" e "O Fim chega numa manhã de Nevoeiro" na colecção Bang!) e muitos contos que podem ser encontrados gratuitamente no Smashwords. Existem dois temas recorrentes na obra do Renato: Humor e História de Portugal. Esta combinação traduz-se em boas e valentes gargalhadas. Para o desafio que acompanhará este blog este mês destacarei "Alfa 33 e o Furúnculo de Salazar" o primeira tomo da saga do agente secreto Alfa 33 (numa parodia a James Bond 007) que se passa num Portugal alternativo onde o Estado Novo não caiu a 25 de Abril e Portugal continua um potência ultramarina. Uma história super divertida que fará as delicias de todos os que gostem de rir a bom rir e de imaginar um outro Portugal que existirá algures no multiverso.


Podem encontrar a obra do Renato no Smashwords esta em particular neste link: Alfa 33 e o Furúnculo de Salazar de Renato Carreira

domingo, 2 de maio de 2021

30 Dias 30 Contos a ler em Português - Dia 2

 



A Carina Portugal é uma velha conhecida d'O Senhor Luvas, como podem ver aqui e seria impossível fazer este desafio sem a mencionar. Apesar de não ter nenhuma obra de grande folgo tem já um quantidade apreciável de contos publicados e na sua maioria disponibilizados gratuitamente (podem consultar no seu blog As Ameias do Crepúsculo a  sua bibliografia e os link para a sua obra).


Para este desafio volta a recordar o conto Duas Gotas de Sangue e um Corpo para a Eternidade um conto que me agradou tanto que nunca mais o esqueci e que se ainda não leram estão à espera de quê? 

Este conto pode ser encontrado no Smaswords neste link: Duas Gotas de Sangue e um Corpo para a Eternidade de Carina Portugal

sábado, 1 de maio de 2021

30 Dias 30 Contos a ler em Português - Dia 1

 



Inicio hoje um desafio proposto pela Inês Montenegro, blogger e escritora, que consiste em partilhar durante 30 dias 30 contos de diferentes autores tendo em comum o facto de serem portugueses e escreverem em português e embora o tema seja livre eu irei concentrar-me em autores de Ficção Científica e Fantasia. A ordem em que irei publicar cada autor será aleatória tendo apenas por base a paridade entre homens e mulheres.


Para primeira entrada escolhi um autor que dispensa apresentações: Eça de Queirós. Mais conhecido por ser o autor dessa obra que muitos de nós não lemos na escola, "O Maias". Quem diria que um autor conhecido pelas suas obras realistas seria capaz de escrever um conto de Fantasia, mas assim foi com este "O Defunto". E foi uma história que me surpreendeu pela positiva e que adorei.

Se tal como eu, nunca conseguiram passar do terceiro capitulo de "Os Maias" e tiveram de recorrer á Sebenta ou aos apontamentos e resumos para se safarem nas aulas e teste deem um nova oportunidade ao Eça que não se irão arrepender.

Podem encontrar este conto totalmente gratuito, cortesia do Projecto Adamastor, neste link: O Defunto de Eça de Queirós.


#30dias30contos 

segunda-feira, 5 de abril de 2021

Opinião - O Resto é Paisagem

 



"Lisboa é capital e o resto é paisagem" é uma frase que se ouve amiúde e que se traduz no facto de (praticamente) tudo acontecer na nossa capital e pouco (ou nada) no resto do país. Os eventos culturais são lá e o que quer que se atreva a acontecer noutras partes do país se tiver sucesso rapidamente ruma a Lisboa (como é exemplo a Comicon). Mesmo no mundo da literatura Lisboa parece ser o palco de muito do que se lê e a FC&F não é excepção com muitas antologias e romances a ter a capital como cenário de fundo (“A Sombra sobre Lisboa”, “Lisboa no ano 2000”, “Dormir com Lisboa”, “Lisboa Oculta”, “Lisboa Triunfante”, etc.). O facto torna-se mais triste quando sabemos que apesar de Portugal ser um país geograficamente pequeno as diferenças entre regiões são enormes, as lendas de Trás-os-Montes são, por exemplo, muito diferentes das do Alentejo e mesmo o falar e as comidas são tão diferentes que conseguem agradar a “gregos e a troianos”. É por isso triste ver que todo este potencial não é aproveitado para nos inspirar a escrever grandes histórias e mostrar um Portugal muito mais real do que apenas o que Lisboa tem para mostrar. É assim que chegamos a esta antologia da Divergência com o sugestivo titulo “O Resto é Paisagem”.

Foi um livro que me deu muito prazer ler, todos os contos são interessantes e bem escritos e nenhum se afasta do tema. Confesso que o conto que mais prazer me deu ler foi o do Rui Ramos: “Chegou ao seu Destino” com a mistura entre a sua escrita e a inspiração nas lendas de um Portugal profundo que me avivou memorias de uma infância e juventude (muito) parcialmente passada na aldeia onde o meu pai nasceu, perdida na serra do Caramulo onde ouvi muitas das história que são descritas não só no conto do Rui, mas também noutros desta antologia. Aliás esta antologia funciona como lembrança para pessoas como eu e como porta de entrada para quem sempre viveu na cidade e nunca teve contacto com estas histórias.

Espero que a Divergência volte a este tema para uma nova ronda de novos contos de um Portugal que ainda existe lá longe de Lisboa.

domingo, 14 de março de 2021

Opinião – As Crónicas de Allaryia – Ciclo II – Volume 1 – A Oitava Era de Filipe Faria

A capa "fast-food" a que agora não se pode fugir.

 

O regresso a Allaryia estava há muito prometido no final das páginas do sétimo e último volume “Oblívio”. Pouco mais de nove anos está de volta com este “A Oitava Era”, primeiro volume do segundo ciclo.

Seguindo o que nos foi ensinado nas aulas de português este é um volume de introdução. Na história passaram-se cerca de vinte anos desde a última vez que vimos os (nossos) companheiros e muito mudou e quase nada para melhor. Esta é uma introdução aos problemas e frustrações que se foram acumulando nesse tempo. Não temos muita acção, ela existe como não podia deixar de ser, mas o autor está mais preocupado a vincar o que se passou, as cicatrizes e as consequências de tudo que se passou. Mais velhos, amargurados com as escolhas que fizeram no passado, conformados e ao mesmo tempo revoltados com o passado e presente. As personagens que mais mudaram foram  sem dúvidas o Taislin e o Quenestil. O burrik passou de divertido e sorridente a soturno e reservado e o eahan renegou a Mãe e as consequências foram devastadoras, tornando os dois personagens quase irreconhecíveis. O tempo não parou e Worick está mais velho e as maleitas de uma vida de luta cobram agora o seu preço com o thuragar a mexer-se com muitas dificuldades. Os restantes membros  parecem menos tocados,  Aewyre continua a carregar o peso do mundo, Lhiannah continua a guerreira arinnir, mas agora é também senhora da casa e mãe (adoptiva) e a Slayra apesar de mais velha (obviamente) continua igual a si própria.

As novas personagens são Aethryn, filha de Aewyre e de uma harahan (como visto logo n”A Manopla de Karasthan”) e os gêmeos Kyrina e Gifeahn filhos da Slayra e Tannath embora achem que são filhos de Quenestil (como visto em “A Essência do Lâmina”). Já as conhecíamos, mas agora são adultos e com uma participação (mais) activa. As suas contribuições e o peso das consequências dos seus actos e do que lhes não foi dito já se faz sentir. A ver vamos o que o futuro lhes reserva.

Uma última nota para o “tempo de antena” que o Filipe deu a Deadan e que suspeito que seja um personagem que terá uma importância grande neste novo ciclo assim como os seus filhos, mas isto já sou eu a fazer conjecturas. 

Existe neste livro (eu pelo menos senti isso) um sentimento de que a ficção imita a vida com o autor e muitos dos seus leitores (principalmente os que acompanham a saga desde o inicio) agora na casa dos quarenta (mais coisa, menos coisa) tal como os companheiros sendo por isso “fácil” entende-los.

Para mim o momento do livro não podia deixar de ser a morte do meu personagem preferido: Worick. Foi um momento simultaneamente rápido e longo em que disse a mim próprio que não era possível ele morrer, de aceitar que ele ia morrer, voltar a ter esperanças que não seria ali ainda que o Guia lhe mostrava a sua montanha, para finalmente aceitar que era mesmo o fim para um personagem que me marcou e à historia e teve um fim condigno. Não será fácil pegar no próximo volume sabendo que ele não irá lá estar com o seu humor, que muitas vezes me levou às gargalhadas e mesmo às lágrimas, e aos seus sábios conselhos, mas a vida é mesmo assim e continua quer queiramos, quer não. Levanto-lhe um caneca de soyg e que subas à tua montanha meu amigo.

Uma nota final para a edição do livro agora com uma capa “fast-food” que nada diz a quem compra de tão genérica e “insossa” e que em nada se relaciona com a história contada nas suas páginas, vou sentir muitas saudades das capas do Samuel Santos. Tive saudades do mapa e falta de um índice embora seja um gosto pessoal e passe bem sem isso.


Agora resta a espera até que o Filipe termine “Os Filhos do Caos” e claro seja editado, porque vontade e curiosidade para o ler não falta.

domingo, 7 de março de 2021

Opinião – As Crónicas de Allaryia – Volume 7 – Oblívio de Filipe Faria

 

A magnifica arte do Samuel Santos a adornar pela últimas vez "As Crónicas de Allaryia"


Existe um sentimento paradoxal quando algo de que gostamos chega ao fim e assim é com as “ As Crónicas de Allaryia” com este “Oblívio”. Se por um lado há felicidade por chegarmos ao fim de uma história que acompanhamos por sete volumes e nove anos existe simultaneamente a tristeza de termos de dizer adeus.. O autor não desilude e dá-nos um fim (mas que fim!) condigno a saga que formou muitos leitores (como eu) e autores.

Capa da edição de Luxo

Edição Luxo em capa dura, com direito a um CD de musica e caixa


Nestas alturas as palavras parecem sempre curtas e insuficientes. Não irei, nem me quero focar nos detalhes que me parecem menos conseguidos e que são sempre subjetivos a quem lê, mas sim no que de bom o livro tem. Começando pela escrita do Filipe que ao fim de sete volumes está cada vez melhor, mais refinada, depurada do que é acessório, aliás é impressionante ver a evolução da escrita em cada volume. E a história? Não desilude com batalhas de tirar o folgo e surpresas e reviravoltas que vão deixar qualquer um a desejar virar as páginas para não ficar “pendurado”. 

A insossa nova capa "fast food" da Presença que de tão má nem merece comentários


Para quem teve de esperar nove anos entre o primeiro e o último volume, como eu e tantos outros, foram dias de angustia, mas para quem hoje quiser ler de “fio a pavio”  é só pegar no primeiro e acabar no sétimo (como eu fiz agora). Portanto façam um favor a vocês mesmo e façam-no e (re)descubram um autor e uma saga que marcaram o panorama nacional da literatura Fantástica.


Arte do Samuel Santos que deu origem à capa original


domingo, 28 de fevereiro de 2021

Opinião – As Crónicas de Allaryia – Volume 6 – O Fado da Sombra de Filipe Faria

 

A capa original


Este foi o melhor livro da saga até agora. Do principio ao fim o livro prende, e a cada vez mais  apurada escrita do Filipe é a grande culpada.


O livro está cheio de voltas e reviravoltas como se fosse uma rotina de ginástica acrobática merecedora de uma medalha olímpica com uma sequencia final a condizer que nos deixam a pedir bis.


E se ainda havia dúvidas da importância do Quenestil este livro mostra que ele é um personagem chave para a história com o seu novo papel de “atiçador” da fúria dos habitantes dos Fiordes e uma nova e poderosa arma que tenho a certeza irá ter um papel fulcral no sétimo e último volume da Saga.


A arte do Samuel Santos que deu origem à capa 


E para não dizerem que só falo bem tenho de apontar um ponto negativo ao livro que terá de ser o combate entre Quenestil e Tannath que dura dezasseis páginas e que o próprio autor reconheceu que foi demais indo ao ponto de dizer que não irá repetir e que é algo que eu apoio incondicionalmente. Não é que seja aborrecido, as descrições da lutas do Filipe nunca o são, mas é definitivamente demasiado longo. Por outro lado dá-nos uma luta entre Aewyre e Kror que está no “ponto”, não tendo recorrido a descrever todos os movimentos e a contar todas as gotas de suor, apenas o que interessa para nos fazer vibrar com o combate.


E Seltor? A dúvida já rondava a minha mente, mas este livro abre as comportas à questão: será Seltor o verdadeiro Vilão desta Saga? A verdade é que ainda não vimos propriamente um comportamento de mauzão. E ele parece estar mais preocupado com algo ainda maior e mais perigoso para toda a Allaryia. O que será…


A capa "fast-food" que a editora escolheu para as novas edições


“O Fado da Sombra” é um excelente prelúdio para o último capitulo da Saga e que promete ser ainda melhor.

domingo, 21 de fevereiro de 2021

Opinião – As Crónicas de Allaryia – Volume 5 – Vagas de Fogo de Filipe Faria

 


Vagas de Fogo, o quinto livro das Crónicas de Allaryia, dá uma reviravolta interessante, acredito que poucos tivessem antevisto ao colocar o destaque em Quenestil. No final do livro o Eahan torna-se um personagem mais completo e com um futuro (ainda) mais relevante na história, o qual estou muito curioso em (re)descobrir.


Aewyre (e Kror por arrasto) neste volume toma um lugar mais secundário. O seu arco narrativo continua a ser  proeminente, mas não acontecem eventos assim tão relevantes, é como se estivesse a “guardar” para eventos mais importantes. 


Longe da “ribalta” e com avanços pouco significativos nas suas narrativas continuam Lhiannah, Worick e Taislin que continuam em Ul-Thoryn, com os dois primeiros ainda prisioneiros em Allahn Anroth. Slayra tem um destino quase igual, passando praticamente toda a narrativa sentada e a dar de mamar aos filhos, mas “salva-se” quase no final com uma surpreendente jogada que lhe irá (de certeza) levar a novos e excitantes caminhos. E Allumno? Faz só duas aparições apenas para vir confirmar que está em acelerada rota de colisão com o seu mestre. E Seltor, o Flagelo, o Anátema? Bem esse está cada vez mais estranho e mais interessante para o leitor que sou com os seus actos que até os seus mais leais súbditos estranham. E Dilet, o Bobo, finalmente revela-se ao mundo como a criatura verdadeiramente maligna que é.


Esboço da Arte da Capa original pela mão do Samuel Santos


Quanto à escrita, já tinha mencionado que entre o primeiro livro e o segundo existe um salto considerável na qualidade da escrita do Filipe e neste volume volto a notar um salto, mas desta vez é algo mais especifico: as cenas de lutas. Até este livro as descrições das lutas eram invariavelmente longas e detalhadas a um nível tal que, no meu caso, ao invés de me envolver faziam-me querer passar à frente. Assim ao quinto livro o Filipe muda mais uma vez para melhor passando a deixar de lado o acessório e a concentrar-se no essencial e assim deixar espaço à imaginação do leitor para preencher os espaços em “branco”. Apenas lhe posso dar os parabéns por tal decisão.


A actual capa genérica da Presença 


Agora que venha o Fado da Sombra.

domingo, 14 de fevereiro de 2021

Opinião - As Crónicas de Allaryia - Volume 4 – A Essência da Lâmina de Filipe Faria

 

A Capa original com a arte do Samuel Santos


Depois de três livros a narrar a viagem a caminho de Asmodeon para descobrir o que aconteceu ao pai de Aewyre, o que acontece no final de terceiro livro, “Marés Negras”, “A  Essência da Lâmina” acaba por ser um livro de transição, funcionando simultaneamente como um prólogo para o que está para vir e uma nova perspectiva de contar a história ao ter a narrativa dividida em mais de quatro pontos de vista. A história avança sem no entanto progredir tanto quanto em livros passados, com uma passada mais lenta. Isto não é um ponto negativo ou positivo, é apenas uma característica deste livro.


Ainda que nenhuma das narrativas progrida muito a que mais atenção recebe é a de Aewyre e Kror e o mistério da Essência da Lâmina com os progressos feitos na Cidadela da Lâmina, embora não cheguem muito longe. As maquinações de Seltor deixam-nos com mais perguntas do que respostas, mas com muita curiosidade para o que se segue. A vida de Lhiannah e Worick em Ul-Thoryn não está nada fácil, alias em toda a Nolwyn paira o espectro da guerra. Taislin está praticamente ausente limitando-se a aparecer no inicio e no fim, embora prometa muito para o próximo volume. Allumno persegue um missão que lhe começa a pesar na consciência e que de certeza irá dar problemas no futuro. E Quenestil e Slayra julgam-se a salvo em Guy-Yrith, mas isso será sol de pouca dura e uma surpresa para eles e para o leitor.  

Arte original do Samuel Santos


O Filipe continua a manter-se fiel ao seu estilo de escrita “afinando-o” ainda mais e no seu todo é algo que eu gosto. Existem elementos que eu aprecio como o uso ostensivo de toda a variedade que a Língua Portuguesa nos oferece, embora às vezes lá apareça uma palavra que não sabemos o significado e tenhas de ir procurar, mas sempre aprendemos algo novo. Já no que concerne às longas e pormenorizadas  descrições não posso dizer que seja um fã. Tenho a certeza que haverá leitores que as apreciem, mas eu nem por isso, é uma opinião pessoal, o meu gosto e não altera o mérito deste e dos outros livros.

A nova e horrivelmente genérica capa da Presença


E que venha o próximo porque estão a torna-se cada vez mais viciantes.

domingo, 7 de fevereiro de 2021

Opinião - As Crónicas de Allaryia - Volume 3 – Marés Negras de Filipe Faria

 

A capa original com arte do Samuel Santos


Se o fim de “Os Filhos do Flagelo” foi ominoso o início deste “Marés Negras” não é menos com um prólogo que não só é violento como antevê um escalar das ameaças que pairam sobre Allaryia.


A história começa onde termina o volume anterior, em Val-Oryth com os companheiros juntos novamente, e com um deles gravemente ferido.

A primeira parte do livro é praticamente dedicada às consequências e repercussões do que assistimos no final do segundo volume. Apesar de não termos grandes momentos “parados” o Filipe consegue fazer bom uso destes para desenvolver mais os personagens e expandir as consequências das suas experiências anteriores. Assistimos a um Aewyre mais impulsivo que tenta proteger preventivamente os seus companheiros das varias ameaças que os rodeiam, a um Worick mais maternal, mas não menos violento, um Taislin mais soturno. Todos mostram mudanças e não ficam estacionários.

Na segunda parte mudamos de cenário e vamos conhecer Sirulia onde irá decorrer um evento que mudará tudo e de certa forma fecha um ciclo na história.

A actual capa, genérica e pior que isso com nada a ver com o livro 


O meu personagem preferido continua a ser o Worick, mas gostei bastante da forma como o Filipe caracterizou o Seltor, não como um vilão monocromático, mas  muito mais complexo e misterioso. Muitas atitudes que fazem com que a “bota não bata com a perdigota” o que o torna ainda mais interessante e desperta mais curiosidade.


O acto final da batalha de Aemer-Anoth foi bastante interessante. Confesso (novamente) que longos capítulos não são a minha “praia”, mas o Filipe faz bom uso deles. Acho apenas que ele faz demasiado uso, de por exemplo, das descrições das armaduras nomeando todos os componentes o que apesar de interessante e demonstrar que estamos perante alguém que sabe do que escreve acaba por quebrar-me um pouco o ritmo de leitura por não saber de metade do que é que ele está a descrever.

A arte para a capa original da autoria do Samuel Santos


Neste volume o Filipe expande a sua mitologia “Allaryiana” com a introdução de novos elementos, ou de elementos que já sabíamos existir, mas que ainda não tinha oportunidade de conhecer na “primeira pessoa” como os Sirulianos e os Eahlan. Elementos aparentemente simples, como o calendário de Anaerin, vem reforçar a verosimilidade de quem lê dando a Allaryia mais realismo seja nas grandes coisas seja nas pequenas como os procedimentos judiciais dos legistas de Bellex.


Mencionei na minha opinião de “Os Filhos do Flagelo” que as diferenças de escrita entre os dois primeiros volumes eram grandes, mas isso já não se nota do segundo para este terceiro volume o que mostra uma consolidação da escrita do Filipe. Não é algo nem bom nem mau, mas simplesmente um autor a encontrar a sua “voz”.


Que venha o próximo livro.