quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

Opinião - Anjos de Carlos Silva



Começo por confessar que devia ter escrito esta opinião quando li o livro, facto que ocorreu pouco depois do seu lançamento, e como será óbvio alguns pormenores já foram, inevitavelmente, esquecidos e quanto a isso há pouco ou nada a fazer, mas ainda me lembro do suficiente. 

O que mais me agradou no livro foi o tom positivo da história. Sim temos coisas más acontecer, sim Portugal passou por algo muito mau, mas saiu mais forte, melhor. É este tom positivo que vejo muitas vezes faltar à grande maioria das histórias de Ficção Cientifica que leio. Na sua grande maioria são inerentemente negativas, quando não são frontalmente negras, apesar da vitória momentânea dos heróis (quando os há), mas aqui à uma luz que tudo ilumina e que lhe dá um tom optimista. É precisamente o que me atrai nas series de TV como "Star Trek" ou mais recentemente "The Orville". Fez-me lembra quando li "O Futuro à Janela" do Luís Filipe Silva. Ambos partilham esse sentimento de esperança num futuro melhor, contrariamente ao tom pessimista, para não ir mais longe, das histórias do "tio" João Barreiros. E para mim este livro vale por isso.

Gostei também da maneira como o Carlos Silva no leva até um futuro suficientemente próximo para ainda o reconhecermos hoje, onde vemos à nosso volta as sementes do ele extrapola e imagina como esse futuro irá ser. 

É um livro bem escrito, como não podia deixar de ser, com boas descrições dos momentos de acção, mas também dos momentos mais parados, num acertado equilíbrio.

Este livro é também mais do que parece, pois mais do que um romance de um novo autor foi também um novo capitulo na vida da editora Divergência pois foi o primeiro livro exclusivo de um só autor e o primeiro vencedor do Prémio Divergência, portanto um marco quer para a editora quer para o seu autor. E eu dou os meus parabéns a ambos por uma excelente trabalho.

Neste momento já sabemos que a Divergência segue de vento em popa e espero que o Carlos já esteja bem avançado com mais um romance se não melhor, pelo menos tão bom quanto este.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

O Ano começa com o regresso do assassino



O  novo ano começou e o regresso às leituras também e para começar da melhor maneira e ao mesmo tempo para cumprir uma promessa, já me lancei na leitura do primeiro volume da saga "O Regresso do Assassino" da sempre grande Robin Hobb.



No campo da BD já li o "O Cão que guarda as Estrelas" de Takashi Murakami e em breve irei publicar por aqui o que achei desta BD. No entretanto irei começar a ler um clássico da nona arte "Watchmen" de Alan Moore e Dave Gibbons. Já tinha lido a original em inglês, desta vez será a versão em Português de Portugal que a Levoir publicou já em dois mil e dezasseis, mas que só agora arranjei tempo para ler (muito por culpa de já ter lido a obra e terem sido anos de muita e boa BD).

Um dos objectivos do ano será a colaboração com o projecto Leiturtugas e já tenho algumas opiniões na calha para ajudar a dar-me alguma margem de manobra caso alguma coisa corra menos bem, mas pensamento positivo.

Confesso que tendo apenas lido nove livros em dois mil e dezoito, sim leram bem, mas por outro lado li cento e sessenta e sete BD's, por isso ler mais não será propriamente difícil. E é isto.

Bom ano de dois mil e dezanove.