"Somos Felizes" de Sara Farinha fecha esta antologia "Por Mundos Divergentes". Este é um conto especialmente assustador porque a realidade descrita parece estar ao virar da esquina.
Somos apresentados a um mundo onde não se pode ser infeliz. As consequências de quem não "obedecer" podem ser... bem digamos que nada boas...
É neste cenário que vamos encontrar Bruno, um homem assolado pela morte do seu melhor amigo e que desobedecendo à lei assiste ao funeral. Impossibilitado de fazer o luto entra numa espiral de depressão, mas tem de a esconder.
Por todo o lado estão mensagens como "Somos Felizes", "Todos temos a obrigação de ser felizes" e com este tipo de "publicidade" fazer o luto torna-se difícil, para não dizer impossível. É neste ponto, em que é acossado entre uma depressão e as visitas de uma terapeuta relacional (que lhe faz avaliações psicológicas), que entra na sua vida alguém como ele. Confesso que pensei que estaria neste relacionamento uma espécie de salvação, mas...
Foi um conto que adorei ler por várias razões. Primeiro o tema: hoje em dia quase que somos obrigados a sermos felizes, somos constantemente bombardeados com anúncios de vidas felizes e somos assolado por um sentimento de culpa quando passamos um "mau bocado" é por isso que afirmei no inicio que este conto é assustador. A segunda razão foi porque adorei a escrita da Sara Farinha. Apreciei bastante a maneira como ela conseguiu manipular as minhas emoções.
Este conto fecha esta antologia e pareceu-me um boa escolha para tal.
Somos apresentados a um mundo onde não se pode ser infeliz. As consequências de quem não "obedecer" podem ser... bem digamos que nada boas...
É neste cenário que vamos encontrar Bruno, um homem assolado pela morte do seu melhor amigo e que desobedecendo à lei assiste ao funeral. Impossibilitado de fazer o luto entra numa espiral de depressão, mas tem de a esconder.
Por todo o lado estão mensagens como "Somos Felizes", "Todos temos a obrigação de ser felizes" e com este tipo de "publicidade" fazer o luto torna-se difícil, para não dizer impossível. É neste ponto, em que é acossado entre uma depressão e as visitas de uma terapeuta relacional (que lhe faz avaliações psicológicas), que entra na sua vida alguém como ele. Confesso que pensei que estaria neste relacionamento uma espécie de salvação, mas...
Foi um conto que adorei ler por várias razões. Primeiro o tema: hoje em dia quase que somos obrigados a sermos felizes, somos constantemente bombardeados com anúncios de vidas felizes e somos assolado por um sentimento de culpa quando passamos um "mau bocado" é por isso que afirmei no inicio que este conto é assustador. A segunda razão foi porque adorei a escrita da Sara Farinha. Apreciei bastante a maneira como ela conseguiu manipular as minhas emoções.
Este conto fecha esta antologia e pareceu-me um boa escolha para tal.
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