As vezes acontecem coincidências agradáveis e à uns dias quando ainda não tinha (conseguido) escolher uma nova leitura o meu amigo Fiacha disse que tinha começado a ler "Os Extremos" do Christopher Priest. Este livro foi me recomendado por um camarada da net que dá pelo nome de Ubik, ao qual mando daqui o meu agradecimento quer pela sugestão quer por tido o trabalho de me fazer chegar o livro às mãos, e que também já tinha feito o mesmo ao amigo Corvo. Portanto achei engraçado fazer uma espécie de leitura conjunta como o Fiacha: um livro duas opiniões e bem o amigo Corvo já deu a sua (podem ler aqui a sua opinião) agora é a minha vez.
Este livro foi uma surpresa total. Para começar quando o comecei a ler não fui ler a sinopse, algo que só aconteceu depois de ler o primeiro capitulo, mas a verdade é que a sinopse não diz o que verdadeiramente o livro é, alias tende a ser algo redutora e a criar falsas expectativas ou eu é que as criei e acabei por sentir isso ao longo da minha leitura portanto o meu conselho é fujam dela como o diabo da cruz.
Este não é um livro que irá ser apreciado por uma boa parte dos leitores, é que este livro é de uma complexidade elevada, mas não parece. Esconde-se por detrás de uma simples história de uma mulher à procura do significada da morte do seu marido, morto numa pequena cidade do Texas num massacres inexplicável e da estranha coincidência de ao mesmo tempo ter acontecido um massacre no outro lado do oceano, numa pequena cidade Inglesa, com contornos similares.
Acresce a isso o facto de existir uma tecnologia "à lá" Matrix onde as pessoas podem entrar em mundo virtuais e vivenciar as vidas e situações de outras pessoas, verdadeiras ou inventadas. Fez-me alguma confusão que o autor não explicasse de onde tinha aparecido esta tecnologia ou não tivesse explorado as implicações que ela teria na sociedade, mas apercebi-me que era "apenas" uma maneira de ele contar a história.
O final não será, também, do agrado da maioria dos leitores, demasiadas pontas soltas (digo eu) e quase parece faltar algumas paginas para encerrar devidamente, pelo menos foi essa a sensação com que fiquei, mas quanto mais penso no livro no seu todo mais sentido ele (me) faz e bem sei o quão paradoxal isto parece, mas é a verdade.
Ainda agora estou a descobrir os muitos "segredos" deste livro, mas muitos leitores irão simplesmente ficar pelas impressões superficiais que o livro transmite. Digo isto não por qualquer sentido se superioridade, estou bem consciente do quão perto estive de tal me acontecer também, pois ao longo da leitura nem sempre fui capaz de ver para onde o seu autor seguia e existe uma boa razão para isso. Muitas vezes dei por mim a pensar "Mas o que é isto tem a haver com a historia?", mas a verdade é que chegados ao fim do livro tudo fará sentido.
Termino com mais um paradoxal conselho: leiam este livro, mas apenas se estiverem preparados para abdicar da habitual lógica que seguem quando lêem um livro, porque ela só vos irá atrapalhar e impedir que desfrutem da historia. E claro para o ler pelo menos mais uma vez.
Este não é um livro que irá ser apreciado por uma boa parte dos leitores, é que este livro é de uma complexidade elevada, mas não parece. Esconde-se por detrás de uma simples história de uma mulher à procura do significada da morte do seu marido, morto numa pequena cidade do Texas num massacres inexplicável e da estranha coincidência de ao mesmo tempo ter acontecido um massacre no outro lado do oceano, numa pequena cidade Inglesa, com contornos similares.
Acresce a isso o facto de existir uma tecnologia "à lá" Matrix onde as pessoas podem entrar em mundo virtuais e vivenciar as vidas e situações de outras pessoas, verdadeiras ou inventadas. Fez-me alguma confusão que o autor não explicasse de onde tinha aparecido esta tecnologia ou não tivesse explorado as implicações que ela teria na sociedade, mas apercebi-me que era "apenas" uma maneira de ele contar a história.
O final não será, também, do agrado da maioria dos leitores, demasiadas pontas soltas (digo eu) e quase parece faltar algumas paginas para encerrar devidamente, pelo menos foi essa a sensação com que fiquei, mas quanto mais penso no livro no seu todo mais sentido ele (me) faz e bem sei o quão paradoxal isto parece, mas é a verdade.
Ainda agora estou a descobrir os muitos "segredos" deste livro, mas muitos leitores irão simplesmente ficar pelas impressões superficiais que o livro transmite. Digo isto não por qualquer sentido se superioridade, estou bem consciente do quão perto estive de tal me acontecer também, pois ao longo da leitura nem sempre fui capaz de ver para onde o seu autor seguia e existe uma boa razão para isso. Muitas vezes dei por mim a pensar "Mas o que é isto tem a haver com a historia?", mas a verdade é que chegados ao fim do livro tudo fará sentido.
Termino com mais um paradoxal conselho: leiam este livro, mas apenas se estiverem preparados para abdicar da habitual lógica que seguem quando lêem um livro, porque ela só vos irá atrapalhar e impedir que desfrutem da historia. E claro para o ler pelo menos mais uma vez.
Titulo - Os Extremos
Autor - Christopher Priest
Editora - Planeta
Tradução - Nuno Romano
Viva Marco,
ResponderEliminarO amigo Ubik é um fixolas só oferece coisinhas boas e sem duvida que este livro é muito bom e aquele final, foi muito bom mesmo, mas não deixo de dizer que estranhei um pouco :)
Um livro muito bom sem duvida e a não perder, subscrevo
Abraço :D
Olá Corvo
EliminarRealmente o Ubik é um "fixolas" espero um dia puder retribuir o favor.
O livro é deveras muito bom o final é estranho, mas no bom sentido ;)
Um abraço