Este conto marca a estreia literária da Marta Silva e posso dizer sem reservas que é uma estreia (muito) auspiciosa.
Esta é uma distopia sobre um (pequeno?) mundo controlado por uma esfera(?). É igualmente a história de Y e T, amigas e amantes (?). Uma (Y) vive inconformada com a sua vida e vive para saber, descobrir o que existe para lá das paredes deste mundo, a outra (T) vive acomodada com o seu mundo e a regras deste. Existe desde o inicio uma espécie de embate ideológico e de perspectiva entre os dois ponto de vista, a curiosidade e rebeldia de Y e o desejo de integração e continuação de T.
Toda a história é contada da perspectiva de T e logo ao inicio começa-se a desenhar um fim inevitável que adivinhamos (muito) grave.
Foi um conto que me deu bastante prazer ler, principalmente pela qualidade literária e maneira de escrever da Marta Silva. A sua escrita tem algumas particularidades, embora não sejam originais, como não usar letra maiúscula, algo "roubado" ao escritor Valter Hugo Mãe, e se ao inicio se estranha logo se ultrapassa e passa-se a ler como se isso fosse algo normal. Gostei do uso que ela dá às analepses e prolepses, que mais do que servir para nos aguçar a curiosidade do que foi e principalmente do que está para vir acaba por servir, e muito bem, para levar este conto, de modo quase subtil, para o subgénero do cyberpunk, embora só no final percebamos isso.
Mais um excelente conto nesta antologia.
Esta é uma distopia sobre um (pequeno?) mundo controlado por uma esfera(?). É igualmente a história de Y e T, amigas e amantes (?). Uma (Y) vive inconformada com a sua vida e vive para saber, descobrir o que existe para lá das paredes deste mundo, a outra (T) vive acomodada com o seu mundo e a regras deste. Existe desde o inicio uma espécie de embate ideológico e de perspectiva entre os dois ponto de vista, a curiosidade e rebeldia de Y e o desejo de integração e continuação de T.
Toda a história é contada da perspectiva de T e logo ao inicio começa-se a desenhar um fim inevitável que adivinhamos (muito) grave.
Foi um conto que me deu bastante prazer ler, principalmente pela qualidade literária e maneira de escrever da Marta Silva. A sua escrita tem algumas particularidades, embora não sejam originais, como não usar letra maiúscula, algo "roubado" ao escritor Valter Hugo Mãe, e se ao inicio se estranha logo se ultrapassa e passa-se a ler como se isso fosse algo normal. Gostei do uso que ela dá às analepses e prolepses, que mais do que servir para nos aguçar a curiosidade do que foi e principalmente do que está para vir acaba por servir, e muito bem, para levar este conto, de modo quase subtil, para o subgénero do cyberpunk, embora só no final percebamos isso.
Mais um excelente conto nesta antologia.
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