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terça-feira, 31 de julho de 2018

The Show Must Go On

E já passaram sete anos desde que criei este blog. Esta simples constatação de um simples facto arrasta consigo a terrível verdade de que falhei neste projecto. Apesar de todo o entusiasmo inicial e de alguma (re)vitalidade ocasional a verdade é que a maior parte do tempo tem sido um vazio. Eu sou uma pessoa que precisa de uma (boa) razão para fazer algo, mas mais importante para continuar a fazê-lo. Sou também alguém que nunca está contente com o que escreve, estou constantemente a mudar virgulas e palavras, para mim um texto nunca está bem. Ora para escrever um blog de modo quase diário isso não é propriamente uma característica desejável (e enquanto escrevo isto vou relendo o que escrevi...). E não quero transformar isto num mero local de publicidade, por muito merecida que seja.

Assim chegamos à inevitável conclusão de que é hora de, se não dizer adeus ou pelo menos, dizer até um dia deste.

segunda-feira, 31 de julho de 2017

Valorizar o desvalorizado

Começo por confessar que não sabia bem o que escrever neste sexto aniversário d'O Senhor Luvas, mas ontem ao passar os olhos pelos blogs que sigo deparei-me com a opinião do Artur Coelho, no seu blog (Intergacticrobot), à última edição da revista Bang!. Mas, mais do que a sua opinião sobre o conteúdo da revista o que me chamou mais a atenção, e me tocou, foi o primeiro parágrafo do texto:

Por vezes, normalizamos de tal forma o que é pouco habitual por costume, que acabamos por já nem reparar na continuidade de projetos que por cá se caracterizam por serem fugazes. É o caso da revista Bang!, que continua a contrariar a tendência da inexistência de projetos de publicação regular na área do fantástico. E ainda por cima, gratuita. De quatro em quatro meses sabemos que podemos contar com a equipa editorial liderada pela Safaa Dib para nos colocar nas estantes das lojas FNAC mais uma edição recheada de artigos, contos, novidades literárias e banda desenhada. Uma anomalia, no panorama cultural português, onde só o mainstream tem visibilidade e valorização crítica.

Tudo o que o Artur escreveu é verdade. Temos uma tendência tão grande para desprezar e/ou a criticar negativamente, que nos esquecemos de tudo o que de positivo, projectos como a revista Bang!, trouxeram ao panorama nacional da Ficção Cientifica, Fantasia e Terror. Nós os leitores temos de ter em mente que podemos e devemos ser mais que meros elementos passivos, aos quais a única acção possível é a de ler os livros e as revistas. Podemos e devemos ser uma parte activa e integrante e não são precisos grandes gestos para tal. Muitas vezes são os pequenos gestos que mais ajudam, como um simples agradecimento às pessoas que fazem estes projectos nascerem e continuarem, mostrando que  todo o trabalho que eles tiveram é reconhecido e apreciado. Fazendo criticas construtivas e aceitando que existem limites para o que é possível e que se não podem fazer o que nós, os leitores queremos, é porque existe um motivo forte para isso. Podemos e devemos manifestar do que gostamos e gostávamos de ler. Nós os leitores temos mais poder do que imaginamos, apenas temos de o exercer. 

Espero que todos (eu incluído claro) possamos tornar o nosso mundo literário ainda melhor.

Agradeço ao Artur Coelho pelo texto e inspiração e ao Ricardo Lourenço por ter ajudado com o seu post no facebook sobre esta temática e claro o meu agradecimento a todos quantos participaram em todos projectos que eu tive o prazer de ler e que no futuro irei ler.

Por fim e como não podia deixar de ser os meus parabéns ao grande João Barreiros não só por mais um aniversário, mas por me ter proporcionado grandes momentos, quer pelos livros que escreveu quer pelos livros que traduziu, pelas colecções que orientou e pelas grandes histórias que nos revela sobre o "submundo" da edição.

domingo, 31 de julho de 2016

Tempus Fugit

O Tempo passa e nós passamos por ele sem dar por nada e quando damos conta a vida passou por nós e já somos velhos, tão velhos que a única coisa que nos resta são as memorias de uma vida sem Vida e todos os sonhos que outrora tínhamos não passam disso mesmo: sonhos, insubstanciais e inconsequentes.  É assim que eu sinto que que tem sido a vida deste blog, muitos sonhos, mas a vida tem passado por ele sem que ele tenha deixado uma marca na vida das pessoas. A culpa não a procuro noutro lugar que não seja ao espelho. Confesso que ideias não me faltam, falta-me é a capacidade de as colocar em pratica. A frustração de saber que temos uma boa ideia, mas não a conseguimos passar para o papel... bem é algo nem consigo descrever.

Apesar destes "entraves" não quis deixar de assinalar o quinto aniversario deste Blog, e claro dar os parabéns ao inigualável João Barreiros.

Um abraço a todos e quem sabe encontramos-nos por aqui.  

sexta-feira, 31 de julho de 2015

Um excelente quarto Aniversario

Para os que já pensavam que eu tinha morrido, bem lamento desiludir, mas ainda estou vivo. A verdade é que nos últimos quatro meses, e apesar das muitas ideias que (sempre) flutuam na minha mente, deixei de ligar às redes sócias (como eu odeio o Facebook). Estive a babar-me com a gratidão e abnegação de que algumas pessoas são capazes em nome dessas jóias que são os livros. Quatro meses volvidos e ainda não me consegui recompor do facto de que alguém pura e simplesmente me deu esse cálice sagrado da Ficção Cientifica Portuguesa que é  "Terrarium" do João Barreiros (a quem já dei hoje os parabéns) e o Luís Filipe Silva, mas sobre esta "peripécia" falarei daqui a uns dias (sim eu estou de regresso). E para marcar (ainda mais) o quarto aniversario quero deixar alguns de vós ainda mais invejosos: no mês passado na mais improvável das feiras de velharias que frequento, a da cidade de Águeda, encontrei "O Caçador de Brinquedos e outras Histórias" do João Barreiros, ainda hoje a minha alma está parva, mas serve para provar que nos locais mais improváveis... bem vocês percebem. 

E o melhor é não escrever mais nada e levar a coisa com calma porque depois de quatro meses sem cá vir não quero provocar algum acidente por demasiado esforço sem estar devidamente "aquecido". 

quinta-feira, 31 de julho de 2014

Another One Bites the Dust ou mais um ano do Senhor Luvas

Ao pensar no que iria escrever neste terceiro aniversario do Senhor Luvas acabei por regressar ao inicio, ao primeiro texto que escrevi: o Manifesto. Embora já tenha cumprido parte do que lá escrevi ainda tenho muito mais para fazer e espero conseguir dar um bom avanço nisso neste novo ano que agora começa.

Verdade seja dita que estou sem muitas palavras nos últimos tempos isso e as leituras também tem sido muito poucas, são fases que atravessemos, mas da qual já estou a sair por tanto preparem-se para ser "chateados" em breve.

Como não podias deixar de ser e porque não mera coincidência ficam aqui os meus parabéns ao grande João Barreiros.

Um abraço a todos e um obrigado por este três anos que venham mais três ainda melhores.

domingo, 26 de janeiro de 2014

Uma nova Aventura

Como se já não bastasse não conseguir escrever um décimo do que gostaria aqui fui, sem saber bem como, vejo-me envolvido numa colaboração no blog do meu bom amigo Fiacha. Por sorte irei partir nesta aventura bem acompanhado pela Caminhante do blog Folhas do Mundo.


A primeira destas minhas colaborações irá sair amanhã e bem vão lá para saber sobre o que vai versar.

quarta-feira, 31 de julho de 2013

E já lá vão dois

Pois é, já lá vão dois anos disto. Neste segundo ano escrevi mais e espero continuar a crescer neste novo ano não só com mais post, mas também enveredando por novas temáticas com que espero despertar não só a curiosidade dos leitores, mas também o seu pensamento critico no que ao mundo dos livros diz respeito.
Agradeço a todos os que me vão lendo.

Como não podia deixar de ser deixo também aqui os meus parabéns ao incontornável João Barreiros que celebra hoje mais um aniversario.

E agora se me dão licença vou continuar com a leitura de um excelente livro...

domingo, 7 de agosto de 2011

Era uma vez um tipo que sonhava ter um blog

Não sei o que passaram os meus colegas que tem blog's para escolher um nome para o seu, ou até mesmo para definir sobre o queriam escrever e fazer, mas pela minha experiencia não é algo fácil, mas hoje já não persistem grandes dúvidas sobre se a escolha que fiz foi a correcta, mas comecemos a história pelo inicio, e como deve ser.

Era uma vez um tipo que sonhava ter um blog, eu! Coisa corriqueira dirão agora, mas naqueles dias quando a blogosfera começava a despontar não era coisa pouca. Nesses dias as minhas ideias eram um quanto ou tanto diferentes do que vêem hoje e do que irão ver (espero eu). Nesses dias o que eu queria de blog era algo que junta-se não só a literatura, mas também a Ciencia, mas não só, enfim um blog pessoal. Com o tempo estas minhas ideias à luz da paciência foram amadurecendo, até atingirem o ponto em que comecei a ver onde estava errado, onde poderia fazer melhor, o que poderia fazer de original. E assim nasceu este blog, mas ainda faltava um nome.

O primeiro nome que surgiu foi quase no inicio e durou quase este tempo todo: A Terceira Lei de Clarke. O nome juntava (e junta) de modo elegante essas minhas duas paixões, a Literatura Fantastica e a Ciencia de um modo sublime. (Sir) Arthur C. Clark foi não só um prolifero autor de Ficção Cientifica, mas também de divulgação Cientifica e claro está cientista, a ele se deve, por exemplo, os satelites de comunicações que estão em órbitas geoestacionarias ou órbitas de Clark, em sua honra como será óbvio. E claro a sua terceira lei que diz de um modo simples e poetico em tão pouca palavras tanto: qualquer tecnologia suficientemente avançada é indistinguível da magia. Parecia ter encontrado o nome perfeito. E assim foi durante bastante tempo, mas passado este tempo todo o que eu queria do meu blog havia mudado. O nome A Terceira Lei de Clarke continuava a servir perfeitamente as minhas aspirações de blogger, mas de algum modo já não me parecia encaixar tão bem.

Comecei novamente a busca. Foram muitos os nomes que percorreram a minha mente, mas nenhum que fica-se o tempo suficiente para criar raizes. Formou-se em mim a ideia de fazer uma homenagem, ou para ser chique uma hommage. Comecei a procurar entre as lombadas dos livros da minha biblioteca algo que me chamasse a atenção.
Percorri as estante à procura de inspiração, olhando cada titulo como o possivel futuro nome do blog, parei os olhos sobre um dos primeiros livro de FC que li, mas depressa o descartei. Voltei a percorrer as estantes já algo incerto e com uma certa medida de desespero, até que os meus olhos pousaram na lombada da antologia “Se Acordar Antes de Morrer” de João Barreiros, um dos meus autores de eleição, acredito que os meus olhos devem ter brilhado.

Peguei nele, olhei a capa, folhei-o olhando cada título dos contos e noveletas que o compõem procurando aquele click de reconhecimento, mas que não vinha. Até que cheguei ao ultimo e derradeiro conto: O Homem e o seu Gato, ou o Céu dos Gatos é o Inferno dos Pardais. O titulo é impraticável como nome de blog (mas agora que penso nisso como sub titulo...), mas algo me fez ali ficar. Novamente percorri as páginas do conto como se algo ali chamasse por mim, até que os meus olhos se deparam com o nome de um personagem: o Senhor Luvas. Saborei o nome, como que me habituado a um estranho, mas agradavel paladar. A minha mente disparou: o Senhor Luvas é um gato, ora os gatos são os unicos animais domesticados pelo homem que ao mesmo tempo ainda mantêm a sua independencia (que tem ou já teve um sabe exactamente do que falo). Fazendo uso das sábias palavras do João Barreiros:

Não nos podemos esquecer que o gato não é um cão. Não constitui matilhas, não obedece a ordens específicas, só ouve o seu nome quando lhe interessa, diverte-se a torturar as presas antes de as devorar e trata o dono como se este fosse a sua mãe que lhe fornece alimento às horas correctas e pouco mais. Quando se roça em nós não é porque nos queira fazer festas, mas pura e simplesmente para deixar as suas marcas territoriais nas nossas pernas. E mesmo assim gostamos dele, pois um gato é uma das criaturas mais belas, fascinantes e terríveis da nossa ecosfera. Se existerem alienígenas o gato é um deles.


Era quase perfeito, algo estranho à que admiti-lo, mas primeiro estranha-se e depois entranha-se, é assim o adagio popular e assim foi neste caso, e quanto mais eu pensava, mas perfeito me parecia. Com este titulo prestava a devida homenagem a um autor que muito admiro, e que ainda mais o merece, e que “explica” de um modo subtil o que espero que este blog se torne, um blog que pareça domesticado, mas que seja na realidade independente, como um gato, como este gato, o Senhor Luvas. Como que para me convencer, eis a “mordida” do final do conto:

Em boa verdade, quero lá bem saber se me escutam ou não. Falar, tornou-se num acto cumpulsivo. Infelizmente já não tenho um dono a quem cobrir de insultos. Estou sozinho, rodeado pelos idiotas que doravante constituem a minha especie...”

Em boa verdade eu quero ser ouvido, mas acho que quero ainda mais é falar. Como será obvio nem tudo o que escrevo e transcrevo acima é literal no que ao blog diz respeito, mas reflecte o espirito dele, reflecte o que espero dele.

E assim estava escolhido nome.

A data de lançamento do blog foi mais pacifica, por duas boas razões: é a data de nascimento do João Barreiros(mais uma vez a hommage), e claro ousando fazer uma piada já celebrada no reportório desse icone da musica popular que é Quim Barreiros (está tudo interligado), com uma ligeira alteração:

"Qual é o melhor dia para um blog sem sofrer nenhum desgosto? O trinta e um de Julho, Porque depois entra Agosto."


Gostaria de agradece a disponibilidade e permissão do João Barreiros em me deixar utilizar partes do seu excelente e altamente recomendavel livro “Se Acordar antes de Morrer”.