O
meu texto intitulado Manuel
Alves - O Escritor 2.0 teve efeitos maior do que apenas
mostrar o novo tipo de escritor que existe, foi também a proverbial
gota de água que fez a Nádia
Batista ganhar coragem e lançar-se na auto-publicação e assim tirar o pó
aos seus manuscritos, e quem sabe prosseguir e tornar-se uma
escritora de relevo, pelo menos assim espero.
Como
este é o primeiro trabalho da Nádia vou tentar ser um pouco mais
exaustivo na minha opinião para assim e na medida do possível
mostrar-lhe onde poderá melhor, dai ter lido este conto duas vezes,
o que não quer dizer que não deixe escapar um ou outro aspecto.
Este
seu primeiro trabalho é um conto com o titulo Halloween,
e insere-se nos géneros do Terror e do
Sobrenatural. Vamos conhecer Alexandre, uma paciente num
manicómio, que na noite das Bruxas recorda o evento que o lá
colocou e assim somos transportados até à sua adolescência.
Começo
pelo título: Halloween. O único lugar onde vão encontrar
esta palavra é na capa. Ao longo do texto a expressão usada é "Dia
das Bruxas" e que seria um titulo bastante melhor. Digo
isto porque convém não esquecer que na era do digital as capas
dos livros (digitais) perdem a capacidade de atrair os olhos, como
acontece com os seus congéneres físicos nas livrarias, portanto um
título que faça parar a procura é especialmente importante.
A
escrita da Nádia consegue prender o leitor ao texto
com um estilo limpo e fluido. Para manter o interesse ela
vai colocando sempre alguma pequena reviravolta que
nos faz querer avançar e descobrir o que se está a passar, um
“truque básico” mas eficaz. O conto é escrito na primeira
pessoa, dizem os especialista que não é fácil, mas parece-me
que a Nádia se saiu bem neste aspecto.
Nos comentários,
expostos no blog Leituras do Fiacha – O Corvo Negro, no post
Halloween de Nádia Batista, alguns leitores referem que o texto
começa lento e com muitos pormenores e que acaba
abruptamente. Concordo com a critica de que aqui e acolá o texto
tem pormenores desnecessários, e fosse eu o editor
aconselharia a sua eliminação. Quanto à critica do fim abrupto já
não concordo, afinal isto é um conto e um conto quer-se curto e
conciso o que é o caso. Claro que a nossa curiosidade leva a que
queiramos saber sempre mais, mas a magia está em ficar sempre algum
mistério.
A
escrita da Nádia ainda é “jovem” e ainda tem muito a evoluir e
isso nota-se na simplicidade com que ela escreveu, sem grandes
floreados ou tiques, longe de ser uma critica negativa, é apenas a
constatação de que este é o primeiro passo que a levará a
procurar e a encontrar aquilo que é comummente chamado de a voz
autoral e se tudo correr bem cá estarei para a ajudar no que puder.
Deixo
para final um exercício/desafio para a Nádia, quando a “poeira”
assentar volta a pegar neste texto e rescreve-o à luz de todas as
opiniões que leste e claro já com mais alguma bagagem literária e
não só tu como também todos nós iremos ver a evolução da tua
escrita.
Bom trabalho e cá espero ler mais textos teus.
Podem
encontrar este conto no site do Smashwords neste link: Halloween
de Nádia Batista
Que surpresa, abrir o blogger e na lista de leituras ter isto :D
ResponderEliminarGostei muito de ter o teu comentário a Halloween. Respondendo a tudo, o título primeiro foi Dia das Bruxas, mas depois esteticamente não gostei de ver na capa e mudei, mas fiquei sempre na dúvida, confesso... :) Quanto à escrita na primeira pessoa, maior parte da minha escrita é-o assim. Os meus principais trabalhos, até agora, são maioritariamente escritos assim... não sei, gosto de me transportar ^^ Os detalhes todos e um fim abrupto é dos meus piores defeitos na escrita. Demoro-me muito no início e depois acaba tudo de repente; sei que tenho de corrigir isso, e em trabalhos com mais páginas parece-me que o final é mais suave :)
Sugestão anotada :) Daqui a uns meses, quando já não me lembrar bem dele, volto a pegar-lhe, de raiz. Entretanto quem sabe se não há mais nada cá fora ;)
Obrigada por tudo!!
Beijinhos
Olá Nádia
EliminarObrigado quer pelo teu conto e pelo teu comentário.
Quanto a esse defeitos, na passada semana estive na apresentação do "Livro sem Ninguém" d Pedro Guilherme-Moreira, que contou com a presença do Afonso Cruz que dizia que ele sabe o começo e fim dos seus textos e ele apenas preenchia o meio. Existem muitos escritores que escrevem o principio e o fim em primeiro ;)
Espero que continues a escrever e a publicar.
Um abraço
Viva Marco,
ResponderEliminarOra aqui está algo que fizeste de forma muito positiva, apontar onde a Nádia pode evoluir e acima de tudo deste sem duvida um forte incentivo para que a Nádia tivesse coragem para publicar um dos seus trabalhos e está muito bom, com aspetos a melhorar mas ainda assim bom :)
E ela merece ehehe
Abraço
Olá Fiacha
EliminarAcima de tudo espero ajudar os novos autores não só com "publicidade", mas, e na medida do possível, ajudando-os a evoluir.
Um abraço
Olá. :)
ResponderEliminarMarco, o divulgador incansável. :)
Ainda não li o conto mas acho que a Nádia deveria dar mais atenção ao conteúdo da sinopse. Dito isto, boa sorte com a escrita (porque não basta sermos bons :D ).
Olá Manuel,
EliminarPois devia! Estava com esperança de passar despercebido... estou a brincar :) A verdade é que não há muito mais da história a acrescentar, e não sabia muito bem que mais escrever. Vou adicionar o "re-escrever sinopse" à lista das coisas a fazer com este Halloween :)
E obrigada! ^^
Olá Manuel
EliminarObrigado, eu bem tento e é sempre agradável saber que ajudamos um novo autor a dar mais um passo, seja a publicar, a melhor a sua escrita ou a ganhar novos leitores.
Bom conselho o teu, admito que nem reparei nisso, tal a vontade em ler o conto, obrigado pelo reparo, pois não é só a Nádia que precisa que lhe "puxem as orelhas" ;)
Um abraço
Olá Nádia
EliminarUm bom conselho do Manuel. Vai tomando nota destas pequenas coisas, mas não deixes que te distraiam do que está em primeiro lugar: escrever uma boa historia.
E claro o Manuel tem toda a razão, ser bom não chega, mas cá estamos nós para te dar uma ajuda ;)
Um abraço
Uma boa sinopse dá trabalho, mas é esforço imprescindível. É o primeiro "olá" do livro ao leitor. E, para o bem e para o mal, não há segundas primeiras impressões. ;)
EliminarReparei agora num detalhe da capa. Sugiro que elimines o "De" antes de "Nádia Batista". O nome do autor não necessita de adereços. :)
Mais uma vez, estás cheio de razão Manuel! Nem me apercebi desse "de", escrevi-o naturalmente, provavelmente por influência do "by [alguém]" da língua inglesa... :)
EliminarE, mais uma vez, obrigada aos dois :D
Beijinhos