A
Trasgo é uma revista digital (Brasileira) de Ficção Cientifica e
Fantasia que pretende, e citando o editorial:
…preencher a lacuna deixada por uma série de revistas de contos que popularam o imaginário da ficção científica brasileira nas décadas de 70 e 80.
Sem mais demoras passo à opinião do editorial e respectivos contos.
Editorial
– Como não podia deixar de neste primeiro número o editorial
expressa as suas intenções sempre numa nota de esperança para que
o futuro lhe sorria e eu espero que sim.
Contos:
Ventania
de Hális Alves – Um conto pós-apocalíptico, supostamente ao
estilo “Mad Max”, e inserido no subgénero do Dieselpunk, com a
acção a passar-se no Nordeste do Brasil. Sinceramente não gostei, não percebi
bem onde estava a parte do Dieselpunk, e se tivesse de o enquadrar
num subgénero seria Eólicapunk ou Ventopunk (à vossa escolha). A
parte do “Mad Max” também me pareceu algo forçada, visto os
três filmes serem maioritariamente “on the road” (na estrada) e
a acção deste conto se passar no edifício que dá nome ao conto.
Também a escrita não me convenceu. O autor passou a
primeira parte com descrições desnecessárias, como por exemplo
escrever o modelo das armas e o modelo e cor de uma mota (mais que uma
vez) e o final.. bem nem o entendi de tão .
Azul
de Karen Alvares - Uma história em tons de azul, aliás em tons de
azul-escuro. É uma história sobre uma maldição, azul como não
podia deixar de ser. Um conto “giro” que apesar de alguma
imaginação não me pareceu assim tão especial.
Náufrago
de Marcelo Porto – Um ferryboat que faz a travessia de uma foz
avaria e fica à deriva. Uma tempestade forma-se e arrasta o
ferryboat, mas o que parecia ser uma estranha tempestade é na realidade
um portal temporal que transporta o barco quinhentos anos para trás onde se
vão deparar com a chegada de uma caravela Portuguesa que os ataca
logo. Um conto com muita acção e História e do qual gostei,
principalmente pela reviravolta final embora tenha ficado no ar (pelo menos) uma
pergunta sem resposta...
Gente
é tão bom de Cláudia Dugim – Uma mulher na fase da menstruação
e com um humor capaz de afastar leões e um acidente industrial numa
indústria de galinhas. Estranho é a primeira palavra que me vem à
mente para descrever este conto, estranho mas bom. Isso e não ter
“papas na língua” que utiliza e ainda bem, digo eu. Gostei
bastante.
A
Torre e o Dragão de Melissa de Sá – Uma contos de fadas, com uma
princesa presa numa torre e príncipes que tenta salva-la. Gostei
deste conto e da reviravolta final, embora já tivesse “adivinhado”
a reviravolta.
Segue-se
uma entrevista e a apresentação dos trabalhos gráficos de Filipe
Pagliuso, autor da capa. E claro uma entrevista a todos os autores presentes nesta
edição. Apenas gostaria de destacar a entrevista a Marcelo Porto que se diz fã de FC, mas que ainda está “descobrindo os
clássicos do gênero como Asimov e Ray Bradbury”, algo que eu não
deixei de considerar algo caricato.
Em jeito de
conclusão achei esta nova publicação interessante, pese embora ter
achado o primeiro conto bastante fraquinho em relação ao resto. Espero
que seja uma publicação para continuar.
Viva,
ResponderEliminarSim senhor, não queres outra coisa que não o digital assim aproveitas todos os momentos que podes para ler.
Quanto à revista e ao conteúdo, parece-me bem, tem para todos os gostos :D
Abraço
Olá Fiacha
EliminarNão é que eu prefira o digital, mas como dizes assim dá para aproveitar todos os momentos, até porque não gosto de ler no PC.
Realmente esta revista tem contos para todos os gostos, e a segunda também. Lá mais uns dia e publico a minha opinião sobre o segundo número.
Um abraço
Olá Marco! ;)
ResponderEliminarGostei muito da sua resenha! Sim, confesso que tive que procurar o que significa "giro" - sendo brasileira, nunca tinha ouvido falar a gíria! rs - e fiquei bem feliz ao ver que significa "legal" aqui pra gente! É muito bom saber que nossos textos estão sendo lidos aí do outro lado do oceano!
Também estou lendo a segunda edição, a proposta da revista é ótima!
Abraços e obrigada pela resenha!
Olá Karen
EliminarBem-vinda ao meu blog.
Ainda bem que gostas da minha resenha, eu também gostei do teu conto.
Apesar de existirem algumas palavras que são diferentes entre Portugal e o Brasil acho que de um modo geral nos entendemos bem. Tenho lido algumas coisas desse lado do oceano e não nota assim tantas diferenças, ou pelo menos que impeçam a leituras "normal" dos textos.
Já li a segunda edição e achei-a muito boa.
Um abraço
Olá, Marco!
ResponderEliminarMuito obrigado por sua resenha! Graças a resenhas como esta a Trasgo tem crescido pouco a pouco. :D
Ia te contar da segunda edição, mas pelo visto você já a leu. Esperamos sua opinião então!
Um abraço,
Rodrigo
Olá Rodrigo
EliminarObrigado pela visita. Espero que a Trasgo cresça quer no Brasil, mas também em Portugal, porque acho que este intercâmbio entre estas duas margens do Atlântico e que falam a mesma língua só tem a ganhar.
A minha opinião sobre o segundo número já está publicado, venha o terceiro.
Um abraço