A Oeste do Éden de Harry Harrison foi originalmente publicado em 1984 e neste cantinho à beira-mar plantado em 1986 na (curta) colecção Contacto (Gradiva) dirigida pelo João Barreiros (embora a minha seja uma 2.º edição de 2005).
Que não existam duvidas este é um livro de Ficção Científica, mas também de Historia Alternativa e neste aspecto é bastante ambicioso. Ao invés de se deixar limitar à (curta) Historia da Humanidade e das consequências que um acontecimento (ou a falta dele) tiveram, Harry Harrison pensa em grande e não se deixa prender e vai à Historia do próprio planeta Terra e pergunta "E se o cataclismo que extingui-o os dinossauros à 65 milhões de anos nunca tivesse acontecido? E se os dinossauros tivessem evoluído ao mesmo tempo que os humanos, mas separados geograficamente? O que aconteceria quando se encontrassem?". Estas são as perguntas, e as respostas são deveras muito interessantes.
O "pano de fundo" é o encontro, num inicio de uma era glaciar, entre uma Humanidade ainda na Idade da Pedra e uma raça de dinossauros inteligentes chamados Yilanè, ambos movidos pela necessidade da sobrevivencia. Ora como se pode imaginar a "coisa" não corre do melhor modo, pois ambas as raças tem um instintivo ódio mutuo.
O personagem principal é Kerrick, um humano, ou Tanu na sua linguagem, que é capturado pelas Yilanè com a idade de 8 anos e que acaba por aprender a sua linguagem e torna-se num membro da sua sociedade. Um dos eixos da narrativa durante boa parte do livro são os sentimentos contraditórios de Kerrick, indo da lealdade para com o seu povo, a essa pergunta existencial de quem é ele afinal? Tanu ou Yilanè, e que alimenta de forma interessante esta historia, pois à medida que ele cresce também vai adquirindo experiência e pensando. Existem outras personagens dignas de destaque como Vaintè a eistaa, a lider da nova cidade Yilanè, e que tem uma relação contraditória com Kerrick, Stallan uma caçadora Yilanè que odeia todos os Tanu, e claro Enge uma Yilandè que muito diferente das outras da sua raça, mas não só claro.
Um aviso para os mais "malandros", ao inicio o autor "atira-nos" com muitos termos estranhos, como são exemplo os que aqui coloquei, e o recurso ao dicionário no fim do livro acaba por ser (quase) obrigatório o que quebra o ritmo de leitura, mas ao final de algumas paginas já nos habituamos e deixamos de o fazer.
Harry Harrison aborda aqui vasto temas e todos eles de interessa como a xenofobia, a força dos laços de sangue, a nossa capacidade de adaptação a novos ambientes, a biotecnologia, etc, etc, tudo embrulhado numa magnifica historia que eu só posso aconselhar que todos leiam.
Receio que eu não consiga fazer jus ao livro, mas se o lerem saberão o que as minhas parcas palavras pretenderam dizer.
Que não existam duvidas este é um livro de Ficção Científica, mas também de Historia Alternativa e neste aspecto é bastante ambicioso. Ao invés de se deixar limitar à (curta) Historia da Humanidade e das consequências que um acontecimento (ou a falta dele) tiveram, Harry Harrison pensa em grande e não se deixa prender e vai à Historia do próprio planeta Terra e pergunta "E se o cataclismo que extingui-o os dinossauros à 65 milhões de anos nunca tivesse acontecido? E se os dinossauros tivessem evoluído ao mesmo tempo que os humanos, mas separados geograficamente? O que aconteceria quando se encontrassem?". Estas são as perguntas, e as respostas são deveras muito interessantes.
O "pano de fundo" é o encontro, num inicio de uma era glaciar, entre uma Humanidade ainda na Idade da Pedra e uma raça de dinossauros inteligentes chamados Yilanè, ambos movidos pela necessidade da sobrevivencia. Ora como se pode imaginar a "coisa" não corre do melhor modo, pois ambas as raças tem um instintivo ódio mutuo.
O personagem principal é Kerrick, um humano, ou Tanu na sua linguagem, que é capturado pelas Yilanè com a idade de 8 anos e que acaba por aprender a sua linguagem e torna-se num membro da sua sociedade. Um dos eixos da narrativa durante boa parte do livro são os sentimentos contraditórios de Kerrick, indo da lealdade para com o seu povo, a essa pergunta existencial de quem é ele afinal? Tanu ou Yilanè, e que alimenta de forma interessante esta historia, pois à medida que ele cresce também vai adquirindo experiência e pensando. Existem outras personagens dignas de destaque como Vaintè a eistaa, a lider da nova cidade Yilanè, e que tem uma relação contraditória com Kerrick, Stallan uma caçadora Yilanè que odeia todos os Tanu, e claro Enge uma Yilandè que muito diferente das outras da sua raça, mas não só claro.
Um aviso para os mais "malandros", ao inicio o autor "atira-nos" com muitos termos estranhos, como são exemplo os que aqui coloquei, e o recurso ao dicionário no fim do livro acaba por ser (quase) obrigatório o que quebra o ritmo de leitura, mas ao final de algumas paginas já nos habituamos e deixamos de o fazer.
Harry Harrison aborda aqui vasto temas e todos eles de interessa como a xenofobia, a força dos laços de sangue, a nossa capacidade de adaptação a novos ambientes, a biotecnologia, etc, etc, tudo embrulhado numa magnifica historia que eu só posso aconselhar que todos leiam.
Receio que eu não consiga fazer jus ao livro, mas se o lerem saberão o que as minhas parcas palavras pretenderam dizer.
Acrescento apenas que este é o primeiro livro de uma trilogia que infelizmente por cá ficou por aqui, embora se leia sem que isso se note, portanto nada de desculpas, até porque ele está bem barato...
Olá Dragão Negro,
ResponderEliminarPena este livro ser de um escritor americano, pois como já te disse este ano pretendo ler livros de escritores de nacionalidades diferentes e para americanos até já tenho dois um em fantasia e outro em romance histórico, mas gostei bastante de ler a tua critica e fiquei bastante curioso.
Lembro-me que o comprei baratinho na feira do livro de Lisboa :D
Abraço
Amigo Fiacha olha que estás a passar ao lado de um grande livro, pensa nisso.
ResponderEliminarOis
EliminarNão posso ficar indiferente a este comentário, fica para ler este ano então ;)
*Oeste do Éden* é o que alguns estudiosos classificam como "história natural alternativa".
ResponderEliminarEm primeiro lugar deixe-me dar-lhe as boas vindas ao meu blog e permita-me agradecer o seu comentário. Espero dar-lhe mais e boas razão para ter cá tão ilustre pessoa.
ResponderEliminarOlá Marco,
ResponderEliminargostei muito de ler a tua opinião, que ainda me deixou mais curiosa e contente por ter trazido o livro para casa. Nunca o tinha visto à venda e fiquei feliz quando me deparei com ele na biblioteca.
A biblioteca do Montijo, que é onde vivo, tem uma parte, mesmo no centro da biblioteca, dedicada à FC e ao Policial o que acho muito interessante, porque são géneros, principalmente a FC, que são assim "vistos de lado". Acabam por estar de lado, porque não estão junto com os outros, mas por outro lado ficam com mais destaque.
Acho que vou gostar muito do livro. Tem tudo para gostar! Já andei a ver algumas partes do livro e fiquei muito contente ao ver que tem ilustrações no início de cada capitulo e um fabuloso dicionário no final, bem como ilustrações dos seres que aparecem na história. Fantástico!
Obrigada pela sugestão!
Beijinhos e boas leituras
Olá Queen
EliminarAinda bem que gostas te da minha opinião, foi com ela que "conquistei" o nosso amigo Fiacha e a Caminhante, espero que como eles também tu venhas a gostar do livro e o divulgues. As ilustrações são realmente uma mais valia do livro, não te esqueças de agradecer ao nosso Tio João Barreiros pela ter publicado este e outros magníficos livros por cá.
As bibliotecas publicas são lugares muito fascinantes e tenho pena de não frequentar mais a biblioteca do meu conselho, mas como compro tudo o que leio (e muito mais) acabo por não ir lá tanto como gostava, mas está um livro (que não tenho) e que o tio Barreiros traduziu e que devia ter feito parte desta colecção e quero lê-lo
Espero ver a tua opinião em breve.
Um abraço