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domingo, 30 de maio de 2021

30 Dias 30 Contos a ler em Português - Dia 30

 



Nunca escondi o quanto aprecio o que o Manuel Alves escreve, infelizmente ele deixou a escrita de lado, porque a vida assim o ditou e tem se dedicado à arte de desenhar, mais amiga para a carteira do autor. É sempre uma pena que uma talentoso autor como ele se perca por questões destas e que o mercado literário não os consiga resgatar. Desejo as maiores felicidades ao Manuel, seja a escrever, a desenhar ou a fazer outra coisa que ele goste e lhe de meios para viver condignamente. 

Em relação à sua obra e num acto de auto elogio destaco o seu conto Equador Morto (opinião) e que pode ser descarregado no site Smashwords no link: Equador Morto de Manuel Alves

Espero que o Manuel regresse à escrita e aos seus muitos leitores que ansiam por mais contos e "calhamaços" seus.

segunda-feira, 17 de abril de 2017

Opinião - Carnívora de Manuel Alves




Eis o Manuel de volta aos contos de Ficção Científica! E ainda bem.

A Carnívora é uma história temporal e geograficamente bem delimitada: um laboratório, secreto claro. Mas as consequências do que se lá vai passar irá levar-nos muito para lá das suas paredes e vamos ser "transportados" no tempo muito para atrás e ter um vislumbre de um possível futuro e garanto que não é propriamente agradável. 

Como é habitual não se poder contar muito sem correr o risco de dizer o que não se deve e assim estragar o prazer da descoberta. Posso dizer (acho) que as coisas não são o que parecem, mas à medida que vamos progredindo na leitura tudo ficará claro. 

Este é um conto que nos deixa a querer saber mais, mas que não nos deixa sem respostas. Não vamos ficar "pendurados" com muitas perguntas e poucas ou nenhumas respostas, mas antes a querer mais devido, precisamente, ao que sabemos.

Mais uma vez o Manuel não desilude e volta a mostra porque é um dos melhores novos autores no panorama nacional.


Este conto poder ser encontrado no site Smashwords no link: Carnívora de Manuel Alves

sexta-feira, 14 de abril de 2017

Opinião - A Cativa de Manuel Alves



Depois de nos ter dado alguns excelentes contos nos géneros da Ficção Cientifica e da Fantasia o Manuel finalmente presenteia os seus leitores com o seu primeiro, e atrevo-me a dizer muito aguardado, romance no género da Fantasia (ou nas palavras do autor: um "calhamaço" o que também não deixar de ser uma boa descrição). Este é o primeiro de uma saga, uma saga  que tem o nome do seu personagem principal: Wulfric, o inigualável Wulfric. Como o descrever? Wulfric é um personagem misterioso e complexo e do qual pouco se sabe, mas o que se sabe apenas aguça a curiosidade em saber mais. Vamos descobrir, por exemplo, que tem uma agenda própria e que não olhará a meios ou a pessoas para atingir o que pretende. Sabemos que é poderoso, mas o seu poder não advém de uma qualquer capacidade extraordinária para a "magia" (atenção às aspas), mas mais a de alguém que tem uma vasta experiência e que faz uso dela para se antecipar aos seus adversários. É um personagem que sofreu bastante e isso sente-se em tudo o que faz de bom e mau. 

O Manuel soube criar um conjunto de personagens apelativas e interessantes que em nenhum momento nos deixam indiferentes, mesmos as segundarias como Desaad (não consigo deixar de sorrir ao pensar nele). Soube também equilibrar os momentos de acção (e que não são poucos) com os momentos calmos. Num livro com uma mitologia baseada em algo que nos é relativamente familiar como a Judaico-Cristã ele soube juntar o já conhecido com o novo (entenda-se os pormenores da sua criação que dão a consistência e um toque exótico a este mundo).  E soube transmitir ao leitor o novo e principalmente o velho sem ser enfadonho, mascarando esses "infodumps" em conversas tidas em ambiente ou tensos ou calmos, mas em que sentimos sempre a sua importância presente e futura. 

Como primeiro livro de uma saga ficam, como não podia deixar de ser, as habituais "pontas soltas" que me deixaram (e deixariam qualquer um) ansioso pelo(s) próximo(s) volume(s). 

Num nota extra informo que fui, como muito orgulho e prazer, leitor beta deste livro. Não irei explanar esta questão. Não direi que este livro tem um pouco de mim lá dentro, sou arrogante, mas nem tanto, mas simplesmente que ajudei, juntamente com os outros leitores beta, a moldar (um pouco) a sua estrutura narrativa, só e apenas, o "resto" é o trabalho puro e duro do Manuel. 

Por fim resta-me pedir desculpa ao Manuel e ao caro leitor por não conseguir fazer jus a este incrível livro (e por só agora publicar a minha opinião). Por não conseguir colocar no metafórico papel todo o que senti e que gostava de transmitir ao caro leitor para que ele se sinta tentado (pelo menos) a ler esta magnifica obra. 


Este livro pode e deve ser encontrado no site Smashwords neste link: A Cativa de Manuel Alves

terça-feira, 15 de novembro de 2016

Opinião - Terra Fria de Manuel Alves



Terra Fria é uma história de coragem, saudade e sacrifício. É uma história de ódio, perdão e redenção. É uma história de personagens fictícias, mas paradoxalmente de pessoas verdadeiras e histórias reais que ao mesmo tempo se querem esquecer mas que precisam de ser lembradas. Este é (mais) um livro onde o Manuel volta a surpreender com a sua escrita simples, mas cheia de significado e acima de tudo de sentimentos e emoções. O Manuel pertence a esse rarefeito estrato de escritores que são capazes de nos emocionar com cada palavra. Num momento estamos a rir no seguinte a chorar e logo a seguir a gritar com as páginas prenhes de emoção com esta personagem ou aquela situação. Isto é o Manuel Alves e "Terra Fria" (mais) um bom exemplo da sua escrita. Mas como falar de um livro que não se meramente lê, mas acima de tudo se sente? Descrever desapaixonadamente a história não é maneira de o honrar, mas tentar igualar as emoções que ele transmite é missão (quase) impossível. Resta-me tentar sabendo que o mais certo é falhar, mas antes "morrer" a tentar do que nem sequer arriscar. 

"Terra Fria" tem o seu prólogo e o seu epílogo nos nossos dias, mas a sua história decorre nos dias negros da ditadura do Estado Novo, um período da nossa História recente que muitos de nós (infelizmente) desconhecem quase por completo. E é ao mesmo tempo que nos dá uma lição de História que o Manuel Alves tece a sua magia ilustrando o dia-a-dia das pessoas comuns desses dias e o que lhes acontecia se tivessem o azar de se cruzar com a essa negra instituição que foi a PIDE.

O Manuel brinda-nos com com uma galeria de personagem reais e apelativas. Esmeralda, personagem principal, mulher, esposa e mãe. Ela é ao mesmo tempo a vitima e a agressora, num ambiguidade estranha e lógica de mulher forte que não se deixa vergar pelas adversidades do destino. Hilário, um personagem trágica e pela qual eu não consigo deixar de nutrir simpatia, é me impossível não o fazer. A sua cruz é de ter cometido apenas um erro: amar. É esse amor que o leva a ser vitima do destino que esse amor lhe traça. Ao mesmo tempo que acho triste o que lhe acontece, não consigo deixar de dar (também) razão a quem o odeia e o despreza, porque os sentimentos são assim mesmo ficam connosco e a emoção sobrepõe-se (quase) sempre à razão. Silvério o homem que vive duas vezes. A primeira vida dada pela sua mãe e a segunda vida dada pela Esmeralda. 

A Aida a vilã e como qualquer boa vilã, é em muitos aspetos a antítese da heroína, mas ao mesmo tempo partilha com ela igualmente muitas características como serem ambas incapazes de perdoar facilmente ou de esquecer o passado. Quando conheci, pela primeira vez, a Aida pensei que ela fosse uma excentricidade do autor, uma liberdade criativa para dar a Esmeralda uma inimiga à sua altura. Pensava eu, na mais pura das ignorâncias, que uma mulher agente da PIDE fosse algo que nunca tivesse existido, algo apenas possível num universo alternativo mas estava enganado. Ao procurar encontrei uma tão má, senão pior que a Aida, como puderam ler neste artigo da revista Sábado: "A mulher mais violenta que trabalhou na PIDE". 

Diria, para rematar, que este foi mais um excelente livro que o Manuel me deu o prazer de ler, mas acho que isso já ficou patente.

Só um apontamento final para dizer que este livro, apesar de ser em formato digital, está autografado com aquele que é provavelmente o melhor autografo que alguma vez me dedicaram e que (muito) dificilmente me irão dedicar um melhor. E é com orgulho que partilho convosco:
Para o Marco um leitor que me apresentou leitores
Agradeço a generosidade Manuel e espero continuar a promover o teu trabalho a novos e velhos leitores.

Este livro pode e deve ser encontrado no Smashwords no link: Terra Fria de Manuel Alves

domingo, 13 de novembro de 2016

Manuel Alves, outra vez...



Já o disse e volto a repetir: sou um fã, um apreciador da escrita do Manuel Alves. Será portanto difícil (impossível?) justificar um tão prolongado silencio neste blog sobre o que ele andou a fazer nos quase três anos deste que o seu nome foi mencionado pela última vez. Esta falha deve-se em exclusivo a mim porque o Manuel continuou a escrever. Mais grave ainda, para mim, foi o facto de ter sido um dos leitores Beta de um dos romances que ele publicou neste meu hiato: "A Cativa". Ainda antes deste eu cheguei a divulgar e a prometer a minha opinião do seu, na altura, recente romance "Terra Fria". Não irei tentar desculpar-me (muito). "Terra Fria" foi publicada nos idos de Fevereiro de dois mil e catorze. Na altura o romance "Terra Fria" foi alvo de uma leitura conjunta num grupo em que participo no Facebook. Muitos foram os bloggers que participaram e deram a sua opinião (positiva). Face a tantas opiniões e consequente publicidade, muito merecida ao livro e ao Manuel, achei por bem deixar a minha opinião para um momento mais oportuno em que recordaria, novamente, o livro e o seu autor. Acontece que o Tempo passa e nós nem damos conta e assim cá estamos quase três anos depois. Neste Tempo o Manuel publicou mais um livro: "A Cativa" e um conto: "Carnívora", dos quais darei a minha opinião nos próximos dias.

Se existiu algo de bom no meio disto tudo foi o facto de me ter visto na "obrigação" de ler mais uma vez os livros do Manuel. Outra boa noticia é que estamos nas vésperas do lançamento de mais um romance seu (assim que tiver mais noticias eu aviso). Portanto aproveito o meu lapso para dar a noticia e ao mesmo tempo recordar, mais uma vez porque nunca é demais, a excelente obra do Manuel e assim convidar os seus fieis leitores a redescobrir o seu trabalho e quem sabe aliciar novos leitores. Portanto nos próximos dias este blog  irá mais uma vez a exaltar o extraordinário trabalho do Manuel Alves.

terça-feira, 4 de março de 2014

Manuel Alves – O escritor 2.0



Quem frequenta o meu blog, O Senhor Luvas, não ficará espantado ao ler que eu considero o Manuel Alves um dos novos valores da escrita em Português. Não só escreve nos meus géneros de eleição, Ficção Científica e Fantasia, mas também é versátil ao ponto de escrever livros infantis e Romances sempre com a qualidade a que estamos a habituados a ver em editoras a “serio”. Mas existe mais um outro pormenor que torna o Manuel “diferente”, ele faz parte de uma nova geração de escritores que começam cada vez mais a fazer parte da preferência dos leitores. O Manuel é o arquétipo desta nova geração, destes escritores do século vinte e um, dos escritores 2.0.

Entre os velhos escritores e estes novos escritores 2.0 as diferenças estão nos pormenores, porque o que os separa é isso mesmo, pormenores, mas que fazem toda a diferença.

O que os une é claro o gosto pela escrita. Em ambos os casos temos pessoas que querem ser reconhecidas e apreciadas e que, de um modo geral, gostariam de viver da escrita. Em ambos os casos o objectivo é escrever e publicar. No fundo ambos querem exactamente o mesmo. É no caminho escolhido que se diferenciam.

Os da “velha guarda” acreditam que é apenas através do livro impresso que esse reconhecimento virá, como se apenas depois de verem o seu nome gravado a tinta na celulose a sua imortalidade estivesse assegura. Estes “velhos do Papel” não acreditam e/ou ignoram todo um mundo que existe para lá da realidade física.

É aqui que aparecem este escritores 2.0, para eles a edição em papel não é uma prioridade, a questão de publicar em formato físico é acessória. O que lhes interessa realmente é dar-se a conhecer ao público. Estão nas redes sociais e sabem usa-las para divulgar o seu trabalho. Vivem do “passa a palavra” (que nestes tempos para o bem e para o mal pode ser tanto uma bênção como uma praga). Não estão dependentes de campanhas “milionárias” de marketing ou da falta delas para os seus livros vingarem. Dependem (quase) única e exclusivamente de os seus leitores gostarem do seu trabalho e iniciarem uma corrente de boas opiniões que leva a mais leitores. Os leitores, seja em que formato seja, acabam por se fidelizar. Neste aspecto o facto do Manuel e outros iguais serem bastante atenciosos com os seus leitores nas redes sociais, o meio por excelência de contacto, ainda os torna mais fieis.

O que escrevem não passa pelo crivo dos editores que, diga-se em abono da verdade, hoje em dia cada vez mais meros publicadores que depois de uma leitura apenas pesam o potencial de vendas e consequente lucro de um livro (na curto prazo, por tudo o que passe para lá das sete semanas sem vender já é um falhanço). As qualidades literárias, seja na escrita seja nas ideias que difundem e poderão trazer novas perspetivas (algo muito importante na Ficção Científica, por exemplo) fica relegado para segundo plano. (Os verdadeiro editores são um espécie em vias de extinção, mas isso fica para outra conversa.)

É interessante notar que alguns dos best-sellers dos nossos dias apareceram primeiro no mundo virtual, com escritores que começaram por se auto-publicar em sites como o Smashwords e afins e tiveram tanto sucesso que as editoras convencionais os foram contratar (a qualidade dos mesmo não é para aqui chamada). É também relevante que alguns deste escritores 2.0 com fama e proveito junto dos leitores já declinaram ofertas, algumas com valores bem elevados, das editoras convencioneis, preferindo publicar sem interferências e intermediários, o que não deixa de ser sintomático do actual estado do mercado editorial.

Estes novos escritores 2.0 são o sintoma de uma mercado editorial doente? Acredito que sim, pois tenho visto alguns autores de qualidade, já publicados em papel a migrarem para o digital. As razões são variadas, mas geralmente giram em torno do desapontamento, da desilusão ou simplesmente do desinteresse com o “mercado do papel”.

Pelo meio temos inevitavelmente os “híbridos”, autores que vivem em ambos as mundos.

Claro que nem sempre temos a sorte de termos escritores dotados como Manuel, mas não podiam ser só pontos positivos. No meio de algumas pérolas temos muito lixo, mas ai as coisas, mais uma vez, não diferem muito do actual mercado editorial convencional em papel.

Estamos então perante um novo tipo de escritor, nascido num novo mundo em que tudo é gratuito, mas onde não há refeições grátis. Competem com as editoras tradicionais obrigando-as a repensar o seu modelo de negócio. Algumas vezes acabam por ir engrossar as fileiras das editoras, outras vezes são o inimigo que lhes rouba clientes (aqui não à leitores, é tudo negocio).

Para já não acredito que se possa dizer que o leitor seja o vencedor. É certo que tem mais escolha, mas porque o lixo é muito os bons escritores podem não se ver no meio da porcaria, mas considero que isso a seu irá tempo irá mudar. Tal como outrora no mercado editorial convencional em papel houve algo mais que o interesse no lucro, gosto de crer que também aqui a qualidade irá prevalecer, mas também não sou assim tão ingénuo para acreditar piamente nisso.


O mundo irá ainda dar muitas voltas, mas penso não errar ao dizer que se abriu uma caixa de Pandora quando se tornou tão fácil editar um livro. O tempo o dirá.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Divulgação - Terra Fria de Manuel Alves



Ora ai está o Manuel Alves está de regresso com mais um livro. Depois de nos ter deixado siderados com a sua Ficção Científica, de nos ter deixados rendidos à sua Fantasia, de ter feito uma perninha na poesia e de ter deixado muitas pessoas com uma lágrima no olho com a pequena Lili e sem esquecer o romance o incrível romance A Invenção de um conto de Fadas, mas desta vez temos um drama, deixo-vos a sinopse: 

Uma octogenária em fim de vida recebe a visita de um padre aposentado, para a última confissão, e ambos revisitam o passado na esperança de exorcizarem demónios de consciência. Cinquenta anos antes, a mulher fora denunciada à PIDE por um bufo que depois desapareceu sem deixar rasto juntamente com o agente enviado para investigar a denúncia. Mas o demónio de consciência mais antigo nascera anos antes, dos escombros da Segunda Guerra Mundial, nas ruínas de um coração.

Se ficaram curiosos podem encontrar o livro neste link: Terra Fria de Manuel Alves


Já tenho o livro e em breve apresento aqui a minha opinião.

domingo, 2 de fevereiro de 2014

Opinião - Vénus 12 de Manuel Alves



Porque é que eu gosto do escritor Manuel Alves? Bem entre outras coisas admiro a sua capacidade de se superar com cada conto seu que leio, de em cada trabalho fazer algo diferente, mesmo que já tenha trabalhado no mesmo género. É este o caso do conto "Vénus 12" onde o Manuel regressa à Ficção Científica, mas com toques de erotismos e problemas existenciais, ao qual também não falta o seu humor que é tão do meu agrado.

A personagem principal é Ana, uma mulher que é especialista em resolver assunto, digamos, "delicados". A acção passa-se num futuro não muito distante, e que portanto tem muitas parecenças com o nosso: as grandes empresa praticamente governam o mundo e as guerras são comerciais e o segredo é alma do negocio, isso e ter sempre um produto que o povo queira. Ora neste futuro, os robot não só existem como estão nos mais varias locais, são o nosso guarda-costa e claro são os nossos escravos sexuais. Mas eis que surge um vírus que afecta estes últimos e como um vírus verdadeiro consegue passar para os humanos caso estes tenhas implantes electrónicos (o que ao ritmo que andamos já faltará pouco).  Ana é chamada a "ajudar" a resolver o problema, mas se  pensa que é um caso simples, bem vai ter uma surpresa...

Além da Ana vamos conhecer outras personagens bastante "suis generis", como a "senhora da limpeza", ou uma apresentadora de TV, personagens que vamos adorar odiar ou simplesmente adorar.

Como disse temos um conto com questões existenciais, sexo (mas não tanto como se esperaria). Gostei do modo como o Manuel souber ler o nosso mundo e extrapolou isso para criar um futuro credível em tudo, desde da tecnologia que se irá usar, alias algumas coisas já se começam a antever, até às cenas do costume: robot e sexo, sim se faz favor! Apenas a cena em que Ana se deixar "tocar" e assim trocar de lado ( bem mais ou menos) não me deixou completamente convencido, mas de um modo geral e mais uma vez o Manuel Veni, Vidi, Vici. 


Este conto pode ser encontrado no site Smashwords no link: Vénus 12 de Manuel Alves

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Opinião - Lili O Natal no Fundo da Caixa de Manuel Alves



O Manuel Alves tinha prometido um conto de Natal e cumpriu presenteando-nos com um conto da Lili.
Mais uma vez o Manuel deixou-me a sonhar com uma historia bonita e natalícia da Lili onde mais uma vez a imaginação da Lili nos embrulha suavemente na sua realidade a ponto de já nem sabermos bem o que é real e o que é a sua imaginação.
Nesta conto que alarga um pouco mais uma mitologia cada vez mais interessante, vamos conhecer mais um personagem, o Sem Fundo e que malandrote ele é, por sorte a Lili vai ter uma ajuda, mas para saberem mais vão ter de ler.
Este é mais um bom belo conto do Manuel Alves que volta a mostrar toda a sua versatilidade num conto para ser contado às crianças, mas que também fará a delicia dos adultos como eu.


Este conto pode ser encontrado no site Smashwords no link: Lili - O Natal do Fundo da Caixa de Manuel Alves

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Opinião - Equador Morto de Manuel Alves



Este é um conto especial para mim: eu sou o personagem principal!!! Sim o Capitão Marco Lopes apresenta-se ao vosso serviço! Pois é, por serviços prestados a esse Senhor da "extraordinária arte da feitiçaria imaginativa" como diz o próprio e muito bem acrescentaria eu, o Manuel decidiu "oferecer-me" um conto onde não só sou a personagem principal, como também me deu a oportunidade de escolher o género, e claro que só podia ter sido a Ficção Científica. O resto deixei à sua imaginação e o resulta foi, como sempre, excelente. 

O Manuel apresenta-nos um mundo onde a Terra foi divida ao meio pelo Equador e tudo o que vive no hemisfério Norte está infectado por algo (tem de ler para saber). A Humanidade passou a ter de viver no hemisfério Sul, mas sempre com as nuvens negras do perigo do que está para Norte passar para o Sul e destruir o que resta do Mundo de outrora.
A historia que nos é apresentada é um pequeno episódio desta nova Terra. Uma equipa é enviada para lá da barreira e a coisa não corre bem..., mas a historia só começa depois disso, já o nosso personagem principal, eu (desculpem não me contive) está sozinho e nada contente, mas claro que os seus problemas ainda agora começaram...

Umas das coisas que mais me surpreendeu, para além da habitual e fantástica "feitiçaria" do Manuel foi que apesar de nunca nos termos conhecido pessoalmente, e as nossas conversas virtuais terem sido sempre curtas ele ter conseguido "adivinhar" como eu sou. Sim por incrível que pareça a linguagem do Capitão Marco Lopes é bastante parecida com a deste vosso Marco Lopes, como se pode ver neste excerto:

"A merda da China. Não lhe bastou tornar-se o país capaz de reproduzir clones de tudo o que existia, tinha de provar ao mundo que também era capaz de clonar lendas e torná-las reais. A merda da China e mais a merda dos dragões. Ninguém fez nada até todos serem forçados a admitir que já não era possível fazer nada. Nada, excepto evacuar metade do mundo e dividir o planeta pelo Equador, com uma barreira sólida de duzentos metros de altura."

Eu falo bastante assim, e as vezes pior, mas também sei ser um cavalheiro.
Outro aspecto que gostei e com o qual me identifiquei, foi o de o Manuel não ter transformado o Capitão Marco Lopes num herói sem medo que avança de arma em punho contra tudo e contra todos. Ele tem medo, mas não se deixa paralisar. Não é burro nenhum (mais uma característica em comum, eu sei mas se eu não me gabar quem o fará?), preferindo escolher o melhor momento para lutar (ou não) a combater contra todas as probabilidades de sucesso. Também me agradou e mais uma vez algo com que me identifiquei, foi a atitude de esperança, mas ao mesmo tempo sem nunca deixar de ser realista para reconhecer quando uma situação está perdida. Tudo isto torna o personagem não só mais humano como também mais credível.
A juntar a este personagem temos um conjunto de personagens secundarias que em nada ficam a dever ao Capitão Marco Lopes, igualmente humanas e verossímeis e que ajudam ainda mais a criar um atmosfera plausível.

Enfim este conto para além dos habituais predicado que já tornaram o Manuel Alves num dos meus autores preferidos, torna-se ainda mais especial pela dedicatória que me é dirigida e pela qual eu lhe ficarei para sempre agradecido, mas também por ter criado um personagem com o qual eu não só me identifico, mas que se parece comigo.

Para o Marco Lopes,
porque ele queria ser
Magnus, o Dragão Negro


Finalizo com uma boa noticia, ao que parece "inspirei" tanto o Manuel que ele tem intenção de expandir este universo, ao qual eu respondo: "Apoiado".

Este conto pode ser encontrado no site Smashword neste link: Equador Morto de Manuel Alves

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Opinião - Lili de Manuel Alves



Quando é que um adulto sabe que um livro infantil é bom? Quando também o adulto aprecia a sua leitura!!! (Embora existam muitas outras respostas possíveis). Ora partindo do principio que esta premissa é verdade então este é um excelso exemplo de literatura infantil. Manuel Alves volta a provar que não só é um talentoso autor à espera de ser descoberto por editora e por muitos mais leitores, mas também que é um autentico "poliglota", sem sotaque, no que aos diversos géneros literários diz respeito. Mas vamos concentrar-nos que é importe, a Lili!

A personagem principal é a Lili, uma criança quase a chegar a puberdade, mas ao mesmo tempo ainda suficientemente longe para ainda manter toda uma inocência que muitos de nós ainda gostaríamos de possuir. A historia gira à volta dos medos que todos nós enfrentamos na nosso infância, como o medo do escuro. Esse medo é aqui representado pelo Homem que Muda, uma estranho e brilhante personagem e que é mais que que parece, mas não é só ele...
Vamos passear pelo mundo de um criança, pela mão da Lili. Vamos explorar alguns dos lugares mágicos da nossa infância e fazer amizade com alguns figuras imaginarias e reais. Tudo isto através da inocência de uma criança e que o Manuel Alves conseguiu retratar com uma grande mestria. Para além da excelente historia este livro é complementado por um punhado de desenhos que enriquecem (ainda mais) este livro. O que me leva a perguntar: quando uma edição em papel onde possamos apreciar devidamente esta obra?


Este livro (e-book) pode ser encontrado (para já de modo gratuito) no site Smashwords neste link: Lili

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Manuel Alves - O Veredicto Inicial

Não, não é mais um trabalho do Manuel, este é o tal apanhado que referi no post Promoção da semana, embora tenha de confessar que o titulo tenha sido influenciado por um comentário seu no Forum Bang.

Para mim o fascinante desta experiência, mais do que dar a minha opinião sobre a ainda breve (espero eu) obra do Manuel Alves, foi observar o seu potencial. O Manuel mostrou que, apesar do caminho que ainda tem de percorrer, já dispõem das ferramentas para o fazer e isso ninguém lhe poderá tirar. Demonstrou que tem não só o talento, mas também a vontade e isso é dizer muito sobre o autor que o Manuel é.
Como ficou patente nas minhas opiniões a sua escrita e ideias agradam-me e tenho a certeza que agradaram a muitos mais. Ao que já disse gostaria de acrescentar apenas um conselho. Sou dá opinião que deves tentar editar os teus trabalhos através das editoras "convencionais", não pela mera visibilidade que isso traria, pois com a internet isso é bastante relativo, mas porque (acho) que beneficiarias de ter o teu trabalho avaliado por um (bom) editor que te se soubesse "guiar" e te fizesse crescer ainda mais, e até acho que já tens um bom livro para esse efeito: "A Invenção de um conto de Fadas", embora tenha a certeza que mais estão a caminho.

Manuel sei que já o sabes, assim como quem lê este blog, mas digo-o na mesma: tens aqui um apreciador do teu trabalho e que irei continuar a acompanhar.

Foram sete dias algo cansativos, mas que valeram a pena, não só por ter apoiado e divulgado uma autor Português, mas acima de tudo por ser um autor que o merece. 

domingo, 14 de abril de 2013

Opinião - Perguntas-me? de Manuel Alves


Depois da surpresa que foi "A Invenção de um conto de Fadas", este livro voltou a surpreender-me com outra faceta do seu autor, a faceta de um (quase) poeta, embora já tivesse notado um pouco isso no livro supracitado.

Constituído por quarenta e seis micro e pequenas narrativas (e um poema), todos começam com uma pergunta, dai o titulo do livro, que pode ou não ser respondida, mas as resposta aqui não são o que interessa, o que realmente interessa é perguntar, questionar. Escrito num estilo que se pode chamar de poesia em prosa ou prosa poética, pois apesar da estrutura formal ser em prosa a verdade é que muitas vezes as palavras não só rimam como parecem ter um cadencia (quase) musical, como se estivéssemos  verdadeiramente a ler poesia, dando um toque muito interessante à leitura. Outro aspecto que enriquece o livro são os desenhos em aguarelas do próprio autor, simples, mas de uma beleza inquestionável e que me dão a vontade de ter o livro impresso para o poder admirar não são pela beleza do texto, mas também enquanto objecto de arte.
Pode ser lido de um fôlego ou ir saboreando um capitulo por dia. É em  muitos momentos uma narrativa emocional, noutros dá que pensar ou "apenas" que sentir.
É um livro que muitos leitores não serão capazes de apreciar, haverá quem não se identifique com o tipo de escrita ou as temáticas, nem é para todos os momentos, mas os que conseguirem apreciar   saíram enriquecidos.


Este livro (e-book) pode ser encontrado no site Smashwords neste link: Perguntas-me? de Manuel Alves

sábado, 13 de abril de 2013

Opinião - A Invenção de um conto de Fadas de Manuel Alves


Este foi um livro do qual eu não estava à espera. Em primeiro porque depois de ter lido os contos do Manuel, que estão inseridos nos géneros de Ficção Científica e Fantasia, nada fazia crer que ele mudasse "repentinamente" de registo, portanto passei as primeiras paginas a tentar encontrar algo de Fantástico e a minha busca não foi infrutífera pois encontrei o quanto a nossa vida do dia-a-dia pode ser Fantástica. Em segundo lugar não estava à espera de me ligar tanto à história e aos seus personagens. Com eles eu ri e (quase) chorei, zanguei-me e perdoei, apaixonei-me e odiei, com eles eu vivi. Citando o livro:

...pessoas inventadas, que pareciam tão nascidas em carne e osso como qualquer outra pessoa real. (página 136 do e-book em formato epub)

Esta frase resume bem o que senti ao longo do livro. As personagens não eram de papel, mas pessoas que eu queria conhecer, pessoas que eu compreendia e que queria ajudar. Elas eram eu e eu  era elas, nos problemas e nas alegrias, nos dilemas e fantasias. A história até pode ser considerada banal, pois é igual à do nosso vizinho, primo, e claro a nossa, mas existe neste realismo algo de fantástico, eu sei que parece que me contradigo. Fala de pessoas exactamente como eu e o caro leitor que está desse lado, mas por isso eu consigo ficar distante, enquanto observador e ao mesmo tempo estar lá a sentir a dor e o prazer, a angustia e satisfação.
Uma magnifica história que muito prazer me deu ler, mas acima de tudo sentir.


Este Romance pode ser encontrado no site Smashwords neste link: A Invenção de um conto de Fadas de Manuel Alves

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Opinião - Orin de Manuel Alves


A história narrada por Manuel Alves neste Orin podia muito bem ser a Mitológica sobre a  criação do mundo de um qualquer povo deste planeta. Conhecemos Orin um Deus que é o Inicio e o Fim, e que à medida que vai pensando e agindo vai aprendendo o que já sabe, mas ainda não descobriu, eu sei que parece confuso, mas o autor explica melhor do que eu.

O problema é que apesar de bem escrito, como é apanágio deste autor, e de algumas boas ideias e momentos, no geral é aborrecido. A razão é a repetição da fórmula que Orin nada sabe, mas ao mesmo tempo tudo sabe à medida que vai pensando/descobrindo. Apesar de interessante ao inicio acaba por, inevitavelmente, se tornar repetitivo e monótono. É uma leitura que vale pela escrita e ideias, mas apenas aos que gostam de histórias de e sobre Mitologia. 


Este conto pode ser encontrado no Smashwords neste link Orin de Manuel Alves

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Opinião - A Linha Recta do Corvo de Manuel Alves

Sinopse:
 Lince teria uma vida relativamente despreocupada se não fosse a pequena questão de ser perseguido por assassinos, e tudo só porque chateou certas pessoas por ter testemunhado algo que não devia. Felizmente, os corvos avisavam Lince sempre que um assassino se aproximava. Infelizmente, os corvos não o ajudavam a escapar. Uma boa maneira de matar um assassino é tornar-se um assassino melhor. Pelo menos, foi o que Lince pensou. 

É assim que o que o autor dá a conhecer esta sua pérola, um conto que eu simplesmente adorei. Como quem vai ao alfaiate fazer um fato à medida, também esta história parece ter sido escrita à medida do meu gosto. Boa parte da culpa é do humor que percorre de fio a pavio o conto, com boas doses de ironia e sarcasmos exactamente como eu gosto. O uso que faz de uma analepse, ao invés de uma narrativa contínua, potenciam a curiosidade. É uma daquelas histórias em que temos vontade de saber mais, mas a ser feita essa minha vontade e quem sabe de outros, isso só estragaria, e eu pessoalmente prefiro um bom conto a um "calhamaço" medíocre, embora o raio do mas não me largue...

Este conto pode ser encontrado no site Smashwords neste link: A Linha Recta do Corvo de Manuel Alves

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Opinião - Coração Atómico de Manuel Alves



Coração Atómico é uma história de Ficção Científica inserida no sub-género de Steampunk. Nela vamos conhecer dois robôs chamados Momo (o Macho por assim dizer) e Nini (a Fêmea), que apesar de ainda não estarem fisicamente completos, o seu intelecto é equivalente ao de uma pessoa. O leitor "entra" na narrativa quando o seu Criador está quase a termina-los, mas são apanhados no meio de uma  Revolução, pois podem ser o "peso" a fazer pender a balança a favor de um dos lados.

Este conto de História Alternativa é como uma "fotografia" de um momento e é esse (possivelmente) o seu maior "problema". Tal como numa foto em que apenas nos é mostrado um instante, também aqui não nos é explicado o como e o porquê, sabemos apenas o que a "fotografia" nos mostra. Tudo o que levou àquele instante em que o "fotografo tirou a foto" é-nos vedado. Ora isto pode desiludir alguns leitores que estão à espera de saber mais.

Gostei que o autor tenha aflorado (algumas) interessantes questões Filosóficas que envolvem Momo e Nini, mas mais uma vez existem apenas perguntas e (quase) nada de respostas, mas tendo em consideração que estamos a falar de Filosofia até se poderá considerar normal.

Apreciei o conto tal como ele foi escrito, mas claro que todas estas questões e falta de respostas me deixaram curioso e compreendo que para leitores mais curiosos isto pode ser razão suficiente para considerar que as suas expectativas não foram correspondidas. À laia de desculpa em favor do autor será conveniente mencionar que este conto (também) foi editado no Almanaque Steampunk 2012 da Clockwork Portugal e que tal com no conto Z (ver aqui a opinião) a falta de espaço poderá ter sido decisiva para o mesmo ter este "aspecto".



Este conto pode ser encontrado no site Smashwords em Português neste link: Coração Atómico de Manuel Alves ou em Inglês neste: Atomic Heart by Manuel Alves

terça-feira, 9 de abril de 2013

Opinião - Legado Vermelho de Manuel Alves



Legado Vermelho é uma daquelas histórias que se vai tornando cada vez mais interessante à medida que vamos avançando, não querendo isto dizer que tenha um começo fraco, muito pelo contrário. Não quero estragar a história, e por isso mesmo é difícil escrever sem revelar algo crucial, mas vou tentar. Existe uma série de narrativas paralelas e a verdade é que se torna difícil saber qual a "principal"  e quais as "complementares", no final somos confrontados com o facto de que eram todas principais e  que se complementavam.
Somos confrontados com um planeta que está passar por convulsões tectónicas quando aparecem Dragões, animais que se pensavam estarem reservados à mitologia e imaginação, mas o seu aparecimento pode não trazer nada de bom. Conhecemos um pai e os seus dois filhos, o mais velho é o  mais parecido consigo, inteligente e pragmático e o mais novo, também inteligente, mas um sonhador, e claro o relacionamento entre pai e filhos e entre irmãos. Sofremos com as decisões com que a personagem nas suas facetas de Pai e Cientista é obrigado a tomar. A reviravolta no final, literalmente no final, dá toda uma nova dimensão ao conto e é impossível não  pensarmos "enganou-me bem!" e ainda bem acrescentaria eu.

O autor soube (mais uma vez) criar uma boa história que promove a interacção e contribui para envolver o leitor e mostra mais uma vez todo o potencial de alguém que vai longe, se se dedicar com afinco à escrita.


Este conto pode ser encontrado no site do Smashwords em Português neste link Legado Vermelho de Manuel Alves ou em Inglês neste link Red Legacy by Manuel Alves

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Opinião - Z de Manuel Alves


Z foi a minha porta de entra para os Mundos do Manuel Alves.

O conto narra a história de uma adolescente que foi criado geneticamente e que faz parte de um conjunto de 26 que receberam como nomes as letras do alfabeto, Z é o último, quer na letra que lhe dá o nome quer no facto de ser literalmente o último que ainda está vivo, ou quase... O cenário é uma instalação onde Z é educado e onde pretendem tirar partido das suas capacidades (bem) acima da média, mas Z tem outros planos...

A temática não é nova, nem a história traz propriamente novidades, mas Manuel Alves consegue sobressair-se pela narrativa, com uma escrita limpa e que desliza sem se prender, passando pela maneira como constrói as personagens, ao sentido de humor tudo contribui para que fiquemos presos à história. Embora existam alguns problemas de coerência  lógica e/ou lacunas de informação, que o próprio autor  reconhece, sendo a justificação para elas, o limite de palavras (este conto participou numa Antologia e portanto não se pôde alongar como queria) e que outras explicações precisam de mais texto, pessoalmente não achei que estes problemas me tivessem impedido de apreciar a historia, mas tenho de reconhecer que outras pessoas "encravam" com isso.

Embora funcione bem como uma história fechada o autor já afirmou que pretende escrever uma "versão" mais longa em três partes (poderão encontrar aqui um "cheirinho"), e se for tão boa como o conto (já com os problemas resolvidos, claro) então podemos estar na presença de, quem sabe, um futuro clássico da FC nacional, mas não vamos colocar a "carroça à frente dos bois" e esperar para ver...

Este conto (também) faz parte da Antologia de Ficção Científica do Fantasporto organizada pelo Rogério Ribeiro e editado pela editora Asa na colecção 1001 Mundos.




Este conto pode ser encontrado no site Smashwords em Português neste link: Z de Manuel Alves ou em Inglês neste Z by Manuel Alves

domingo, 7 de abril de 2013

Promoção da semana: Manuel Alves



Durante esta semana vou fazer uma espécie de "campanha/promoção" da obra de um jovem autor chamado Manuel Alves, dando à estampa uma opinião por dia de (quase) toda a sua obra, ainda não sei se terminarei a tempo o seu ultimo livro (e-book), "Perguntas-me?". Convenhamos a sua obra (ainda) não é assim tão grande, mas revela já uma grande potencial. Tudo o que publicou foi em e-book, mas dois contos já tiveram direito a serem incluídos em duas antologias. No final irei fazer um "apanhado da situação". Para os que quiserem começar a descobrir desde já a obra deste autor, podem descarregar, para já de modo grátis, no site Smahswords a obra de Manuel Alves.

PS: Apesar do que possa eventualmente parece esta minha "acção de promoção" nada tem a ver com o passatempo lançado pelo autor (por exemplo) no Forum Bang, tudo não passou de uma coincidência.